Infecções


Alterações da língua


As feridas são a causa mais comum das afecções da língua. Esta tem muitos terminais nervosos para a dor e para o tacto e é muito mais sensível à dor do que o resto do organismo. É frequente que alguém morda a sua língua acidentalmente, mas a lesão sara com rapidez. Tanto a massa de obturação como um dente partido podem causar danos consideráveis a este tecido delicado.

Um crescimento excessivo das saliências normais da língua pode dar-lhe um aspecto piloso. Este véu pode mudar de cor se a pessoa fumar, mascar tabaco, ingerir certos alimentos ou então pelo desenvolvimento de determinadas bactérias na superfície da língua. Esta pode ter um aspecto piloso depois de acessos febris e de tratamentos com antibióticos ou quando se usa com muita frequência um colutório com peróxido. A parte superior da língua pode aparecer preta se se tomarem preparações de bismuto contra a dor de estômago.

A escovagem da língua pode suprimir essa coloração. O desenvolvimento de linhas brancas ou de uma substância branca sobre os lados da língua, que ao limpar-se deixa uma superfície ensanguentada, pode ser um indício de sapinhos.

Uma manifestação de anemia perniciosa ou uma carência de vitaminas pode provocar o avermelhamento da língua. A língua pálida e lisa (por causa da perda das suas saliências normais) pode ser consequência de uma anemia por deficiência de ferro. A primeira manifestação de escarlatina pode ser uma alteração da cor normal da língua, que adquire uma cor de morango e depois de framboesa. A febre, a desidratação, a sífilis secundária, a estomatite aftosa, o líquen plano, a leucoplasia ou a respiração pela boca podem acompanhar-se de placas esbranquiçadas na língua, parecidas com as que às vezes se encontram na face interna das bochechas. Uma língua avermelhada e lisa, além de dolorosa, pode indicar pelagra, um tipo de desnutrição causada por deficiência de niacina na dieta. Na chamada língua geográfica, algumas áreas são brancas enquanto outras são vermelhas e lisas. As áreas com alterações de cor mudam de sítio ao fim de alguns anos ou ao longo da vida. A afecção é, de um modo geral, indolor e não requer nenhum tratamento.

Embora as pequenas saliências em ambos os lados da língua sejam habitualmente inofensivas, uma protuberância num só lado pode ser cancerosa. As áreas vermelhas ou brancas inexplicadas, as feridas ou tumefacções na língua (sobretudo se são indolores), podem ser indicativas de cancro e requerem uma investigação médica. A maioria das formas cancerosas da boca crescem nos lados da língua ou no pavimento da boca, mas quase nunca se desenvolvem por cima da língua.

A causa das feridas na língua pode dever-se ao vírus do herpes simples, à tuberculose, a uma infecção bacteriana ou a uma fase incipiente da sífilis. As alergias ou as doenças do sistema imunitário também podem provocá-las.

A glossite é uma inflamação (avermelhamento, dor e inchaço) da língua. A glossodinia é o ardor ou a sensação dolorosa da língua. Habitualmente, não tem um aspecto característico nem uma causa óbvia; no entanto, é possível que certos factores causem essa sensação, como a pressão exercida pela língua contra os dentes, uma reacção alérgica ou substâncias irritantes como o álcool, as especiarias e o tabaco. Mudar de marca de dentífrico, de elixir bucal ou de pastilha elástica pode aliviar as queixas. A glossodinia é, às vezes, uma manifestação de uma perturbação emocional ou de uma doença mental. Pode tornar-se útil a administração de medicamentos ansiolíticos em doses baixas. Qualquer que seja a causa, a doença, muitas vezes, desaparece com o tempo.

Úlcera num lado da língua, que indica a presença de um cancro

Cuidados com a boca

ESCOLHA DA ESCOVA DENTAL



Ela deve ser sempre macia, seja para uso de crianças ou adultos. Escova de cerda média ou dura maltrata a gengiva, fazendo com que esta gengiva vá se retraindo e expondo a raiz do dente o que causa dor. O adulto pode também usar escova infantil. A cabeça pequena desta escova facilita a escovação principalmente dos dentes posteriores. Uma escova dental não é para a vida toda: deve ser trocada em média a cada 2 meses ou tão logo ela se deforme.

CREME DENTAL

Existem hoje no mercado os mais variados tipos de combinações. Recomenda-se muito cuidado com aqueles que possuem materiais abrasivos (ditos para clareamento dos dentes). Eles podem causar verdadeiros desgastes prejudiciais. Pastas dentais com sabores podem ser usadas para incentivar a criança a escovar seus dentinhos.

Como os cremes dentais costumam causar ardência na boca, a pessoa não escova direito porque quer se ver livre depressa daquele ardor. Para evitar isto, basta que coloque na escova, só um pouquinho da pasta pois o mais importante é o trabalho da escova e não a pasta.

FIO DENTAL

É de grande utilidade na limpeza dos espaços entre os dentes onde a escova não consegue atingir. Deve ser usado após toda escovação. Ele e a escova são imprescindíveis para que não se instale o tártaro. Existe o fio e a fita dental, a diferença está apenas na largura.

LÍNGUA

Por incrível que possa parecer, poucas pessoas sabem que a língua precisa também ser escovada. O mau hálito vem também de depósitos de alimentos na língua. Olhe sua língua no espelho: se ela estiver branca, não está limpa. Língua sadia é vermelha.

DOCES

Afinal deve-se ou não comer doces?! O açúcar é necessário para o organismo, razão por que doces, chocolates, etc. podem ser ingeridos. Apenas é preciso observar que, não é tão importante a quantidade de doces mas o tempo que eles permanecem na boca.

Isto quer dizer o quê? Doces devem servir apenas como sobremesa, ou seja, somente após as refeições porque os dentes serão escovados em seguida. Dois tabletes de chocolate, por exemplo, se ingeridos nos almoço ou no jantar, não trazem o mesmo malefício que um único chiclete mastigado o dia todo. Neste último caso o açúcar permanece muito tempo na cavidade oral e, sem dúvida, os dentes serão afetados. A mamadeira, por exemplo, quando dada à criança na hora de dormir (pior ainda se estiver adoçada com açúcar), é um verdadeiro desastre para os dentinhos já que o açúcar vai agir por 6 a 8 horas, provocando o que é conhecido como "cárie de mamadeira".

EXTRAÇÃO DE DENTE (cuidados posteriores)

A Odontologia hoje está tão adiantada que poucas vezes um dente precisa ser extraído. Existem inúmeros recursos para evitar a avulsão do dente. Suponhamos, porém, que por alguns motivos é feita a indicação da extração. Como proceder após esta cirurgia? No dia da extração e no dia seguinte deve-se adotar 3 condutas básicas:


1. Não colocar nada quente na boca (o calor provoca hemorragia). Somente frio ou gelado.
2. Não fazer bochechos com nada, nem com água (o bochecho pode remover o coágulo, que é responsável pela cicatrização, e com isto ocasionar hemorragia)
3. Alimentação: para evitar que algum alimento caia na cavidade recém aberta, recomenda-se nestes dois dias ingerir apenas líquido frio.

Havendo hemorragia após uma extração dentária, a conduta deve ser: fazer um rolo com uma gaze estéril, colocar na cavidade que sangra e morder em cima por 15 minutos. Se parar é porque era apenas um sangramento, considerado até normal. Se o sangue continuar jorrando após este tempo, é preciso de imediato procurar um hospital ou pronto-socorro para tomar uma injeção anti-hemorrágica.

BRUXISMO

Este nome feio é dado para o hábito de ranger os dentes. Este hábito costuma se intensificar à noite e é bastante prejudicial pois provoca grandes desgastes nos dentes. Costuma estar associado a stress, problemas emocionais. No que se refere à parte odontológica, é feita uma placa que é usada especialmente à noite. Esta placa inibe o movimento do bruxismo.

GENGIVA QUE SANGRA

É comum o paciente chegar ao consultório, alegando uma série de causas para o sangramento da sua gengiva. Não adianta inventar desculpas. A verdade é apenas uma: a gengiva só sangra quando não se escova direito os dentes. É o aviso que o organismo dá. Caso não se tome os cuidados devidos, o sangramento para só que começa um processo muito mais grave e que pode até fazer com que o dente não se sustente mais e caia.

É tão fácil manter a saúde de sua boca: use direito a escova dental!
Santini

ESCOVA DENTAL

Escova de dentes

A escova de dente mais antiga e que até hoje é usada por povos nativos da Austrália e África é conhecida como chew stick (palito de mascar). Ela é feita por pequenos brotos ou raízes de árvores. A superfície de limpeza tem o mesmo efeito que mascar a ponta de um palito de dentes.

Os antigos romanos, também contribuíram. Plínio, o Jovem, de Roma (61-113 A.D) proclamou a utilização de espinhos de porco-espinho porque tornava os dentes mais firmes.
Os gregos aconselhavam o uso de uma toalha de linho fino, que de certa forma é áspera, para esfregar os dentes todas as manhãs. Embora outros povos tenham ajudado, foram os ingleses que criaram a primeira escova moderna. O cabo era feito de osso e as cordas, de pêlo de porco, amarradas dentro de buracos perfurados.

Na década de 1880, o osso da coxa de novilhos, que era polido, foi usado nos Estados Unidos, enquanto as cerdas de pêlo longo de porco eram inseridas à mão. Até que no século XX, Robert Hutson inventou a primeira escova de dentes com cerdas macias arredondadas de nylon.

A escova dental é fundamental para uma boa saúde bucal. Sua principal função é remover a placa bacteriana dos dentes. A escovação não pode ser feita com movimentos bruscos, pois sua função é remover a placa bacteriana e não a estrutura dental. É aconselhável escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia após as refeições, além do uso do fio dental.

Santini

DOENÇAS BUCAIS

Afta


Afta: processo inflamatório em diferentes regiões da mucosa oral.

A afta é uma ulceração (ferida) na mucosa bucal, com incidência normalmente isolada, porém com recorrência múltipla em alguns casos, principalmente em decorrência a estomatites, sendo de 30 a 40 % dos pacientes manifestando histórico familiar.

Caracteriza-se por erosões dolorosas na superfície interna da cavidade oral, causando lesão aberta no tecido epitelial, atingindo o tecido conjuntivo, expondo terminações nervosas, desencadeando um processo inflamatório de intensidade leve ou moderada e crônica, se não tratada.

Normalmente o seu ciclo inicia-se com sensações locais de formigamento, irritação e incômodo na mucosa bucal, evoluindo para um ponto avermelhado que com o tempo torna-se esbranquiçado (situação amadurecida). A partir desse estágio surge então uma ferida central com cicatrização rápida, durando em torno de 5 a 7 dias sem qualquer tratamento, ou variando conforme a causa, persistindo de 10 a 15 dias, necessitando de avaliação especializada.

Entre as causas que implicam o aparecimento da afta estão: estresse emocional, fadiga, alterações hormonais ( menstruação), traumas como mordidas acidentais, distúrbios gástricos ou intestinais, perda repentina de peso, alergia a alimentos e deficiência de vitaminas ou carência de sais minerais (ferro).

O tratamento é realizado com base em antibiótico, mesmo o problema não tendo relação alguma com microrganismos (bactérias e fungos), contudo envolvendo considerações específicas conforme identificação da causa, sendo mediante prescrição médica, o uso de esteróides se estabelecido o agravo.

Tártaro

O que é tártaro?


O tártaro ocorre quando a placa (que é o acúmulo de bactérias sobre o dente) não é retirada e acaba calcificando, ou seja, endurecendo.

Além disso, ele também pode se formar sob a gengiva e irritar os tecidos gengivais. O tártaro dá à placa bacteriana espaço maior e propício para o seu crescimento, o que pode ocasionar problemas mais sérios como as cáries e a gengivite.

Como evitar o Tártaro?

A forma mais eficaz de combatê-lo é a escovação diária, após as refeições, e o uso do fio dental.

É de extrema importância não deixar a placa se calcificar. Se isso acontece, o tártaro se forma e fica impossível removê-lo apenas com a higienização. Somente um dentista é capacitado para removê-lo.

Alveolite

É a infecção ou a inflamação do alvéolo, que é a parte do osso mandibular ou maxilar onde se aloja o dente. Esta doença também é conhecida como Osteíte pós-operatória. Os tipos de alveolite são a seca e a purulenta (com pus); Na seca devido à ausência de coágulo de sangue após a extração do dente, normalmente de difícil manobra cirúrgica, ou quando há fratura durante o ato, o alvéolo fica “seco”. Já na purulenta acontece, quase sempre, posterior à alveolite seca devido à infecção do alvéolo, com produção de secreção purulenta.

Sintomas


A alveolite purulenta deixa um odor muito forte devido à presença do pus. A alveolite seca dói muito porque as terminações nervosas do alvéolo ficam expostas, a simples passagem do ar aspirado já é suficiente para causar muita dor.

Causas da alveolite


- Alveolite Seca

• Falta de ponto cirúrgico, após a extração do dente, propiciando a perda do coágulo mais facilmente.
• O bochecho feito pelo paciente nas primeiras 24 horas após a extração do dente, fazendo com que, remova a proteção natural do alvéolo representada pelo coágulo do sangue.
• Dentes fraturados durante a extração.

Alveolite Purulenta


• Pode ser ocasionada quando o alvéolo for manipulado pelo profissional com instrumento não esterilizado.

Prevenção


O Profissional deve cuidar rigorosamente da higiene nos procedimentos cirúrgicos, observar o estado geral da pessoa atendida e proceder às corretas manobras de manipulação cirúrgica do alvéolo do dente que está sendo tratado. O paciente também deve seguir rigorosamente o que for recomendado pelo profissional, o que evita ou minimiza os efeitos dessa infecção, que é perfeitamente controlável.

Tratamento


Na alveolite purulenta, é preciso eliminar os efeitos da infecção ingerindo antibióticos especificamente indicados para o caso, bem como fazer bochecho com medicamentos que contenham malva ou com a própria erva, para acelerar a recuperação e diminuir o odor causado pela fermentação de detritos e da presença de pus. Na alveolite seca, a primeira providência do paciente será de usar analgésico, respeitando as características de cada pessoa e suas limitações medicamentosas. O dentista pode fazer uma manobra para isolar o interior do alvéolo do meio bucal, impedindo a entrada de detritos alimentares e a conseqüente fermentação.

Ameloblastoma

É um tumor benigno que possui componentes do epitélio odontogênico. Seu crescimento é lento com invasão significativa e não causador de metástases.

Seu reaparecimento é freqüente em alguns casos e pode gerar uma grave destruição óssea. Pode ser:

• Ameloblastoma Intra-óssea Multicístico, pode ocorrer em qualquer idade sendo mais comum entre 30 e 70 anos. Localiza-se na mandíbula provocando o alargamento das corticais ósseas e a reabsorção radicular.

• Ameloblastoma Unicístico ocorre em pacientes com 20 anos em média e ficam localizados na mandíbula associado a coroa de um dente. Pode se observar epitélos odontogênicos com células colunares polarizadas invertidamente e com núcleo hipercromático. Seu reaparecimento é menos freqüente e seu tratamento é feito por curetagem.

• Ameloblastoma Periférico é o mais comum originado de restos epiteliais odontogênicos abaixo da mucosa. Ocorre em pacientes de meia idade com baixo risco de reaparecimento.

Cárie

A Cárie é uma descalcificação de uma parte do dente provocada por ácidos orgânicos.
A cárie é considerada uma doença infecto-contagiosa degenerativa, seu principal agente etiológico é o Streptococcus mutans.

Os ácidos orgânicos (lático, acético, butírico, propiônico e outros) são produzidos pela combinação da saliva e das enzimas bacterianas que agem sobre os carboidratos presentes em alguns alimentos que comemos, estes ácidos são formados através do processo de fermentação e atacam o esmalte, a dentina a polpa e certas vezes o cemento redicular do dente (parte branca do dente) corroendo e provocando a cárie e a inflamação da gengiva.
Os doces possuem grandes quantidades de carboidrato e são os principais alimentos que ajudam no aumento da cárie.

Tratamento

A cárie precisa ser retirada, para isso o dentista remove o tecido cariado preenchendo a cavidade (o pequeno “buraco”) com uma resina composta ou algum material como o amálgama de prata, o dente cariado pode ser perdido se não tratado a tempo.

Prevenção

- Usar o fio dental após qualquer refeição, principalmente antes de dormir. O fio dental consegue retirar restos de comida e placas bacterianas onde a escova de dente muitas vezes não chega;
- Escove os dentes após qualquer refeição, massageando a gengiva. Use cremes dentais com flúor;
- Coma alimentos ricos em fibras, como cenoura, maçã, pepino, rabanete e verduras em geral, pois elas estimulam a salivação e contribuem para a diminuição da acidez da boca.
- Evite escovar os dentes após o consumo de refrigerantes, a maioria dos refrigerantes amolecem os dentes, espere no mínimo 15 minutos para poder escová-los.
- Não beba muito refrigerante, pois eles agridem os dentes.
- Visite seu dentista regularmente, o recomendável é visitá-lo a cada seis meses.

Placa Bacteriana

Placa bacteriana é uma película pegajosa e incolor, formada por açúcares e bactérias, que se forma sobre os dentes. Por termos bactérias presentes a todo instante na nossa boca, é impossível após uma refeição e sem a devida limpeza não sentir uma camada sobre os dentes.

As bactérias aproveitam os restos de alimentos, que permanecem sobre os dentes e saliva, e retiram deles os nutrientes que precisam para se desenvolver. A placa, por sua vez, libera um ácido que ataca o dente deixando-o sem proteção e de fácil acesso à carie.

Para evitar a placa bacteriana é necessário usar fio-dental, para remover a sujeira que a escova não alcança, e sempre escovar os dentes após uma refeição. Se a placa não for retirada, ela irrita a gengiva, causa inflamação, inchaço, sangramento e até gengivite.

Estresse pode prejudicar os dentes


A saúde bucal pode ser comprometida pelo estresse emocional.

Todo mundo já ouviu falar que a boca é o cartão de visita pessoal, o sorriso de uma pessoa pode levá-la a ser considera de boa aparência ou de aparência mais ou menos, em especial se estiver faltando um dente, ou se o mesmo estiver amarelado. Toda a parte da boca é avaliada nos quesitos aparência e saúde bucal. É importante sempre manter os cuidados básicos de higiene bucal, associados a consultas periódicas ao médico. Mas se engana quem pensa que essas medidas livram a boca de certos inconvenientes.

Os dentistas estão cada vez mais convencidos de que a saúde bucal também é ligada ao estresse emocional, ou seja, que emoções muito fortes podem resultar em problemas bucais, entre eles o surgimento de aftas, gengivite, bruxismo, cárie, tártaro e o mau hálito. Pois cada tipo de emoções faz com que ocorra a liberação de algumas substâncias, as quais provocam os problemas bucais. O estresse emocional causa reações capazes de perturbar a homeostase orgânica (propriedade auto-reguladora do organismo e que mantém o estado de equilíbrio do corpo).

Quando encontramos estressados, o volume de saliva diminui e os compostos de enxofre aumentam, resultando no mau hálito. Mas não são somente as situações de ansiedade e/ou de problemas familiares que ocasionam esses problemas na boca, as notícias boas também fazem parte dos vilões bucais, quando se recebe uma boa notícia ocorre a liberação de hormônios, como adrenalina, noradrenalina e acetilcolina, etc. Os quais alteram perigosamente a quantidade e a qualidade de saliva. Muitos estudos estão sendo realizados para se fazer um parâmetro exato dos danos causados na boca pelo estresse emocional.

Pulpite

É a inflamação da polpa dentária, tem como causa a evolução da cárie dentária, que, depois de atingir o esmalte, invade a dentina até chegar à polpa do dente. Há basicamente dois tipos de pulpite, a aguda e a crônica.

Pulpite aguda: a causa dela é a seqüência natural da evolução da cárie ampla numa das faces do dente ou junto a uma restauração que não está perfeitamente adaptada.

Pulpite crônica: a cárie dentária pode passar para esta fase diretamente, sem agudizar, e raramente há ocorrência de dores.

Tratamento: não existe alternativa conservadora para o paciente, ou executa o tratamento do canal do dente ou providencia a sua remoção.

Respiração Bucal

Por que não se deve respirar pela boca?


Porque quando respiramos pela boca o ar vai diretamente para os pulmões, sem passar por qualquer tipo de purificação. O único lugar do nosso corpo capaz de realizar tal função é o nariz, pois tem as estruturas ideiais para a correta inspiração do ar no ambiente em que se vive.

Quais são as estruturas do nariz?


1) Pêlos e cílios (filtram e retêm a poeira)
2) Cornetos (pequenas lâminas ósseas dobradas sobre si mesmas, com a finalidade de aquecer o ar inspirado).
3) Muco Viscoso (capta as partículas em suspensão na atmosfera)

Por que ocorre a respiração pela Boca?


Ocorre por dois motivos básicos; obstáculos anatômicos anômalos e hábitos viciosos. Alguns obstáculos anatômicos são; Hipertrofia, inflamações dos cornetos, lábios que não se tocam, rinites, etc.

Santini

ODONTOLOGIA PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Esta Especialidade foi regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) há menos de dois anos. Na prática há muito tempo a Odontologia para Pacientes Portadores de Necessidades Especiais vem sendo praticada por profissionais dedicados. Construíram seus conhecimentos garimpando cursos e leituras em várias áreas da saúde e educação. No entanto ainda é pouco conhecida. Dados epidemiológicos ou sobre serviços odontológicos a estes pacientes são escassos, mas muito necessários para o planejamento de uma atenção odontológica de maior qualidade para este grupo específico da população. Veja a pagina da Associação Brasileira de Professores de Odontologia em Pacientes Especiais (APOPE): http://www.apope.org.br

A terminologia “portadores de necessidades especiais” vem substituindo os já conhecidos termos “portadores de deficiência” ou “excepcionais”. A definição de pacientes especiais já está formulada de comum acordo entre as associações de diversos países, como a International

Association of Dentistry for the Handicapped (IADH). A idéia de que estas pessoas apresentam deficiência como sinônimo de incapacidade de participação e integração na sociedade vem sendo derrubada pela observação e dados científicos a respeito. É necessário o respeito a suas limitações e as suas potencialidade de oferecerem sua contribuição à sociedade a qual pertencem.

Com o reconhecimento, esta Especialidade da Odontologia vem se organizando para o maior entendimento e estruturação da prática clínica aos portadores de necessidades especiais. As técnicas e adaptações da odontologia dizem mais respeito aos conhecimentos científicos e ao manejo das limitações e necessidades dos pacientes.

LASER NA ODONTOLOGIA

LASER NA ODONTOLOGIA

A palavra LASER significa light Amplification by Stimulated Emission of Radiation que, em português, seria ‘luz amplificada pela emissão estimulada de radiação’.

O laser é uma fonte de luz com vários comprimentos de onda que lhe conferem propriedades terapêuticas.

O laser de baixa potência ou laser terapêutico (low level laser therapy – LLLT) tem ação antiinflamatória, analgésica e bioestimulante.

Atualmente, devemos considerar o laser um auxiliar terapêutico indispensável aos consultórios odontológicos.

Como toda técnica , porém, é fundamental que se conheça bem os seus princípios básicos, principalmente porque os efeitos e o mecanismo de ação do laser são bastante complexos.

No caso do Herpes Labial, por exemplo, é comum o paciente chegar ao consultório para aplicação do laser, e ele já estar usando uma pomada ou tomando um comprimido para o Herpes. Infelizmente, esses comprimidos ou pomadas, têm o mecanismo de ação somente no DNA do vírus, diminuindo somente o tempo de exposição da lesão não atuando diretamente no fortalecimento da imunidade da região, apesar de não ter problema do seu uso concomitante com o laser.

O laser vai biomodular a região, isto é, vai fazer com que o local fique mais resistente (as células do nosso organismo ficam mais fortes e resistentes ao vírus), fazendo com que a reincidência diminua acentuadamente.

APLICAÇÕES E INDICAÇÕES NA ODONTOLOGIA

Alívio da dor - promove o alívio de dores de diversas etiologias, dores de origem pulpar, dores nevrálgicas, dores em tecido mole, mialgias, dores de pré e pós – operatório, entre outras aplicações.

Reparação tecidual - A fotobioestimulação por laser tem sido empregada de maneira bastante eficaz após tratamento de canal, lesões traumáticas, promovendo uma reparação tecidual mais rápida e com padrão de qualidade tecidual superior.

Redução de edema ou “inchaço” e de hiperemia que seria o aumento da circulação sanguínea local (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório) – Indicado na aplicação do pós operatório de procedimentos no campo da periodontia (inflamações gengivais e dos tecidos de sustentação dos dentes), cirurgia oral menor, etc

Anestesia - Ajuda a diminuir o desconforto do paciente no momento da aplicação da anestesia, visto que pode ser utilizado como pré-anestésico. O laser promove aumento da microcirculação e, desta forma, ajuda na absorção do anestésico, nos casos de pacientes com dificuldade para serem anestesiados.

A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela retração da gengiva, e após o clareamento dental.
Dores na articulação da mandíbula
Paralisia facial
Herpes simples (Herpes Labial)
Herpes zoster
Hipersensibilidade dentinária
Afta
Alveolite (infecção ou a inflamação do alvéolo pós extração dentária)
Bioestimulação óssea
Cárie
Endodontia (Tratamento de canal)
Exodontia (Extração dentária)
Língua geográfica (termo usado para descrever a aparência de mapa geográfico da língua, causada por manchas irregulares em sua superfície, de causa desconhecida)
Lesão traumática
Nevralgia do trigêmio (é uma dor de forte intensidade, basicamente tipo um choque ou um raio que ocorre na face das pessoas. É geralmente de curta duração, a dor vem e volta, e é considerada por algumas pessoas a dor mais forte que o ser humano possa sentir)
Parestesia (Sensações cutâneas subjetivas, por exemplo., frio, aquecimento, formigamento, pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação).

HIGIENE ORAL E DOENÇA PERIODONTAL

Higiene Oral e Doença Periodontal

As doenças periodontais, cujo fator etiológico primário é o biofilme dental (comunidades de bactérias presentes na cavidade bucal), é uma das grandes responsáveis pela perda de dentes em adultos e pode também provocar alterações gengivais como a gengivite em praticamente toda a população onde a higiene oral não está adequada.

As doenças periodontais são consideradas infecções nas estruturas de suporte dos dentes (osso, ligamento periodontal e gengiva) causadas por bactérias presentes na placa. As alterações mais freqüentes em termos de doença são: gengivite (inflamação na gengiva) e periodontite (perda de suporte ósseo dos dentes).

Gengivite:

Denomina-se gengivite a inflamação da gengiva que contorna os dentes. Afetam adultos e crianças atingindo grande parte da população.

As características clínicas principais são sangramento da margem gengival ao escovar os dentes ou espontaneamente, vermelhidão, edema e mudança de textura (flacidez) da gengiva. A causa principal é o acúmulo demasiado de bactérias (placa) entre a gengiva e o dente. A gengivite causa desconforto, sangramento e mau hálito.

Se a gengivite persistir por longos períodos, meses ou anos, poderá evoluir para uma periodontite que tem como principal dano a perda de suporte dos dentes, podendo evoluir até a perda dos dentes.

Para evitar a gengivite preconiza-se a correta escovação dos dentes e gengivas e uso do fio dental ou escovas interdentais pelo menos uma vez ao dia.

Uma vez já instalada a gengivite recomenda-se um exame periodontal onde se fará um diagnóstico correto da enfermidade. Os tratamentos mais freqüentemente usados são a remoção da placa e tártaro (placa mineralizada) em sessões de raspagem e alisamento dos dentes, instrução de higiene oral individualizada e consulta de manutenção periódica.

Após o tratamento local temos o restabelecimento da saúde gengival de 7 a 21 dias. A gengivite pode também ter influência de fatores sistêmicos como diabete, distúrbios hormonais, imunológicos e outros.

O importante é a disciplina na escovação diária e manutenção periódica no dentista. As pastas de dentes mais indicadas são as que contém produtos anti-placa e anti-tártaro comumente encontradas na maioria dos cremes dentais como Kolynos Total e Colgate Total. As pastas são coadjuvantes na escovação, mas o tempo dedicado e a orientação são mais importantes do que os cremes dentais.

Sempre que a gengiva sangra ela está doente. Neste locais onde ocorre o sangramento deve-se intensificar e aprimorar o uso do fio dental e escovas. Às vezes o dentista tem que remover algum ponto retentivo de placa(restaurações ou tártaro) para reestabelecer a saúde gengival. Periodontite:

A periodontite é uma doença que leva a perda gradual dos tecidos de suporte do dente: osso, ligamento periodontal e cemento.

A causa principal assim como na gengivite é o acúmulo de placa entre a gengiva e o dente. Porém a diferença está na resposta imunológica (defesa) que varia de indivíduo para indivíduo. As pessoas que tem uma alteração nas defesas para menor, herdadas geneticamente ou por algum comprometimento de saúde ou comportamental, são mais suscetíveis à periodontite.

A enfermidade ocorre mais freqüentemente em indivíduos adultos acima de 35 anos. Pode também, com menor freqüência, atingir pessoas jovens ou até mesmo crianças.

Alterações sistêmicas como a diabetes podem influir na marcha de progressão da doença.

Fumo e stress são também coadjuvantes que contribuem para uma maior perda de sustentação em periodontites ativas (não tratadas).

As características nem sempre são perceptíveis principalmente no início e somente o exame clínico e radiográfico poderão identificar a doença.

Os tratamentos baseiam-se na remoção da causa através de raspagem, alisamento e polimento dos dentes e mais uma boa higiene oral.

De acordo com os resultados do tratamento são estabelecidas visitas periódicas ao periodontista para diagnosticar e evitar a recolonização bacteriana eliminando a recidiva da doença. Cabe lembrar que todos os dias se aderem novas bactérias nos nossos dentes.

Portanto o diagnóstico precoce e higiene oral aprimoradas são as principais armas que temos para evitar a inflamação e progressão da periodontite.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE I

DENTES DECÍDUOS

É sumamente importante que os pais conheçam a cronologia da erupção dos dentes das crianças, a fim de melhor avaliarem o desenvolvimento de sua dentição.

A estatura (altura) e o nascimento dos dentes das crianças são facilmente observáveis e espelham seu desenvolvimento.

No entanto, as idades em que irrompem os dentes, tanto os dentes de leite (decíduos ou provisórios) quanto os permanentes, varia muito. Diferenças de até um ano, com o aqui relatado, podem estar dentro da normalidade e individualidade da criança.

Todos sabemos que a idade de vida (idade cronológica) geralmente não coincide com a idade de maturação do desenvolvimento (idade biológica).

O crescimento e o desenvolvimento variam de indivíduo para indivíduo, dependente de sua genética e outros fatores.

As meninas sempre têm maturação mais cedo que os meninos, de tal forma que se pode esperar que as idades aqui referidas (que correspondem à média) sejam menores para as meninas e maiores para os meninos.

Havendo diferença, entre a idade cronológica e a biológica, de mais de 6 meses, é recomendável consultar um especialista.

Nas imagens a seguir, mais importante do que a idade, em se refere ao nascimento do dente, é a cronologia de erupção dos dentes, isto é a seqüência com que eles irrompem na boca da criança.

Ainda que está seqüência também possa apresentar variações individuais, elas podem ser prenuncio de alguma anormalidade. Principalmente naqueles casos em que um dos dentes erupciona e o corresponde no outro lado à arcada (seu homólogo) não erupciona. Exemplo: O Incisivo Central Superior direito erupciona e o esquerdo tarda mais de 3 meses para mostrar sua presença. Quando isto acontece, levanta-se a suspeita de que há algum impedimento ou obstrução no caminho de erupção. Isto pode ser um dente extra numerário, um cisto, ou posição atópica genética ou traumática.

Tão logo se caracterize a irregularidade na seqüência de erupção um especialista deve avaliar esta situação.

Erupção dos dentes de leite

Dentição Decídua (Do nascimento aos 6 anos)

Os dentes decíduos, vulgarmente chamados dentes provisórios ou dentes-de-leite (pela sua cor mais branca), são em número de dez (10) na arcada dentária superior e, com a mesma denominação e número na arcada dentária inferior.
Incisivos Centrais
Incisivos Laterais
Caninos
Primeiros molares decíduos
Segundos molares decíduos

Os dentes decíduos para irromperem devem rasgar a gengiva e isto dói. A criança fica inquieta e até irritada com o nascimento dos dentes, procuram alguma coisa para morder. Um artefato de borracha, que a criança morda, pode ser boa ajuda para apressar o rompimento da gengiva.

A erupção dos primeiros dentes decíduos, os Incisivos Centrais inferiores, pode ser esperada em redor dos 7 meses de idade, imediatamente a seguir os Incisivos Centrais superiores e depois os Incisivos laterais. Há relatos de crianças que já nascem com os Incisivos Centrais. Diz a história que Robespiare nasceu com dentes...

Aos quatro anos a criança deverá estar com todos os dentes de leite erupcionados. Dentição decídua completa, que permanece assim até os 6 anos, quando nasce o primeiro molar permanente, e inicia-se a dentição mista. Antes dos 6 anos observam-se dois aspectos importantes: a presença de Diastemas dos Primatas e os diastemas que se abrem entre os Incisivos decíduos. Estes dois assuntos serão descritos em separado.


Diastema dos Primatas e Diastemas dos 6 anos

O espaço entre os Caninos e Laterais decíduos superiores e Primeiros Molares e caninos decíduos inferiores têm o nome de "Diastema dos Primatas". É herança antropológica, remanescente da evolução das espécies, em que os ancestrais do Homo Sapiens tinham estes espaços onde se alojava o sobre passe oclusal dos caninos que eram muito grandes.

O "Diastema dos Primatas" é maior na arcada inferior do que na superior

Outros espaços (diastemas) iniciam-se a aparecer, a partir dos 5 anos de idade, entre os Incisivos decíduos, tanto inferiores quanto superiores. Estes espaços são proverbiais, pois os Incisivos Permanentes que irão substituí-los tem diâmetro mésio-distal maior. Graças a estes diastemas eles encontram lugar nas arcadas para erupcionarem. Uma criança com 6 anos que não apresenta estes diastemas, entre os Incisivos e que também não tem os Diastemas dos Primatas, muito provavelmente terá problemas de falta de espaço na mudança dos dentes.


ESCLARECIMENTO: Os diastemas que se formam entre os Incisivos decíduos, a partir dos 5 anos de idade, são ocasionados pelo crescimento transversal do maxilar superior (maxila), na sutura palatina.

Na imagem aparecem flechinhas com a intenção de chamar a atenção para a abertura destes diastemas.

Entenda-se que este movimento não é ocasionado por deslocamento para frente (protrusão) dos Incisivos e sim em movimento transversal, que não se pode evidenciar nesta imagem.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE II

DENTIÇÃO MISTA

Erupção da Dentição Mista


Na Dentição Mista, convivem na boca da criança, dentes decíduos e dentes permanentes, por cerca de 5 anos, é uma fase que deve ser bem conhecida dos pais. Como será mostrado, os primeiros dentes permanente nascem aos 6 anos, atrás de todos os dentes decíduos, é o Primeiro Molar permanente, dando início a Dentição Mista. Depois dos Primeiros Molares nascem os Incisivos Centrais permanetes, esquerdo e direito, (quase sempre primeiro os inferiores e depois os superiores). A seguir nascem os Incisivos Laterais permanentes e assim fica completa a dentição mista. Muitas vezes na dentição mista já está caracterizado o que será a oclusão dos dentes permanente. É importante que um especialista em Ortodontia examine o paciente nesta fase de Dentição Mista.

Erupção dos Primeiros Molares Permanentes


Este é um acontecimento marcante, que deve ser bem ressaltado. Os Primeiros Molares permanentes, que nascem aos 6 anos, dão início a dentição mista, a qual caracteriza-se pela presença de dentes permanentes e dentes de leite, que convivem na boca da criança aproximadamente durante cinco (5) anos. Depois de erupcionados todos os dentes de leite, irrompem os quatro (4) Primeiros Molares permanentes, dois na arcada dentária superior e dois na inferior, o que ocorre em redor dos 6 anos de idade, mas pode acontecer aos 5 ou aos 7 anos de idade. Geralmente os inferiores nascem primeiro.

Como estes dentes, não têm antecessores provisórios, rompem a gengiva para erupcionar. Seu nascimento pode provocar dor, maior ou menor, segundo a sensibilidade da criança. Um carinho pode ser o suficiente para aliviar este problema.

Deve-se enfatizar, para pais e responsáveis, que estes Primeiros Molares permanentes nascem atrás dos decíduos, sem que caia nenhum dente de leite para eles nascerem. Ocorre, freqüentemente, que são confundidos pelos pais pensando que eles são dentes de leite. Nenhum dente de leite deve ser descuidado e não devem ser perdidos por cárie. Mas, perder prematuramente os Primeiros Molares permanentes, por cárie, confundido com dentes decíduo, como ocorre em alguns casos, é extremamente lamentável. Estes dentes são quem mantém a oclusão na mudança dos decíduos, motivo pelo qual são chamados dentes "chave da oclusão", sua perda prematura é catastrófica para a oclusão.

Observa-se na figura, que os Primeiros Molares superiores articulam com os inferiores, como os dentes de uma engrenagem. O normal desejável é quando o molar inferior está mais para frente do que o superior, então suas cúspides engrenam da forma chamada CLASSE I (Angle).

Relação Molar – Classes de Angle

Engrenamento cuspídeo dos Primeiros Molares permanentes.

As faces posteriores (distais) dos Segundos Molares decíduos guiam e proporcionam o engrenamento entre as cúspides dos Primeiros Molares superiores e inferiores, podendo-se prever como será o posicionamento em Classe de Angle.


O mais favorável é quando existe um discreto degrau das faces distais dos Segundos Molares Decíduos inferiores para frente (mesial) do que as faces distais dos Segundos Molares decíduos superiores. Este degrau proporciona que os Primeiros Molares permanentes ocluam em CLASSE I (Angle) Quando o degrau não existe e as faces distais dos Segundos Molares Decíduos estão na mesma linha, ainda há boas possibilidades de que os Primeiros Molares entrem em chave de oclusão de Classe I (Angle). Isto pode acontecer graças ao "leeway" ou ao crescimento horizontal da mandíbula que, geralmente, é maior do que o crescimento horizontal da maxila

Quando o degrau formado pelas faces distais dos Segundos Molares Decíduos é o reverso do desejado, isto é a face distal do Segundo Molar decíduo superior está mais para frente (para mesial) do que a face distal do Segundo Molar decíduo inferior, então aos Primeiros Molares permanentes ao erupcionarem irão engrenar em CLASSE II (Angle), o que determinará que todos os outros permanentes irão erupcionar com está anomalia de CLASSE II

Na ocorrência do degrau para mesial ser exageradamente grande, bem maior do que aquele desejado para entrar em Classe I, então os Primeiro Molares irão ocluir em Classe III (Angle), prenunciando macrodontia mandibular

Leeway


O leeway é um dos recursos que a natureza colocou para facilitar a oclusão normal dos Primeiros Molares permanentes. (Oclusão em Classe I de Angle). Ao contrário dos Incisivos Permanentes, que são maiores do que os Incisivos Decíduos, o diâmetro disto-mesial somados do grupo de Caninos e Molares Decíduos é maior do que os dentes que lhes irão substituir (Caninos e Prémolares). Este espaço que sobre é denominado de "leeway", é maior na arcada inferior (3.6 mm) do que na arcada superior. (1.8 mm.).

Alguns autores têm recomendado a utilização do espaço do leeway para favorecer a acomodação dos Incisivos Permanentes, quando lhes falta espaço, recomendam um arco lingual, que impede que os Primeiros Molares inferiores migrem para mesial na ocasião da mudança da dentição mista para permanente. Este é um recurso que por certo poderá ser utilizado, porém deverá se ter em conta que a natureza lhes colocou ai com a finalidade de prover espaço e bom engrenamento dos Molares, não para solucionar os problemas de espaço dos dentes anteriores. Assim, sendo deverá ser avaliadas as vantagens e desvantagem de utilizar este espaço para os anteriores.

Se as faces distais dos 2° Molares Decíduos não têm o degrau favorável, para o bom engrenamento cuspídeo dos Primeiros Molares, a utilização deste espaço na arcada inferior, poderá dificultar o bom engrenamento cuspídeos dos Primeiros Molares e até propiciar que os Molares entrem em Classe II (Angle). E então o pretendido benefício pode gerar uma malefício maior.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE III

DENTIÇÃO PERMANENTE


Erupção dos dentes permanentes



A substituição dos molares decíduos e caninos, da dentição mista, por dentes permanentes inicia aos 10 anos, quando caem (esfoliam) os Primeiros Molares decíduos e erupcionam os Primeiros Prémolares permanentes. A seguir os Segundos Molares Decíduos são substituídos pelos Segundos Prémolares permanentes e logo depois, em redor dos 11 anos, é a vez dos Caninos decíduos serem substituídos pelos Caninos permanentes.

Aos 12 anos, atrás dos Primeiros Molares permanentes nascem os Segundos Molares permanentes. E assim completa-se a dentição permanente, faltando apenas os terceiros molares (dentes do siso), assunto que será referido em separado.

DOR DE CABEÇA AGORA É PROBLEMA PARA DENTISTA !

Enxaqueca, dor de cabeça ao acordar, dor no pescoço, dor nos ombros, muita gente padece com esses problemas ao longo dos anos e não acha uma solução! Você sabia que essa solução pode ser encontrada dentro de um consultório odontológico? Dores como essas podem possuir sua causa no “stress” muscular ou mesmo emocional e por funcionamento inadequado do sistema mastigatório (uma para função). O problema possui crescimento do tipo “bola de neve”, ou seja, vai aumentando com o tempo podendo criar raízes emocionais que levem a uma depressão! O problema, muitas vezes, pode ser resolvido de forma simples, dependendo unicamente do correto diagnóstico.

O bruxismo (ranger de dentes) ou o imbricamento dentário (apertamento) levam a um “stress” da musculatura envolvida (são horas seguidas de funcionamento muscular anormal!) que pode resultar numa fadiga muscular ou mesmo num processo inflamatório. A fadiga provoca acúmulo de ácido lático e causa a conhecida dor de cansaço muscular: dor de queimação. Um dos principais músculos envolvidos é o masseter e a dor costuma se localizar na região das têmporas (entre o final das sobrancelhas e o ouvidos). Estou falando apenas das dores, nem comentei sobre o desgaste dentário decorrente da para função que é terrível! No caso de processo inflamatório as dores são piores e o inchaço, inerente à inflamação, pode pressionar um conhecido nervo que fica na região, o trigêmeo e causar a tão temida neuralgia (e não nevralgia!) do trigêmeo.

A dor é intensa e difusa! O diagnóstico correto é fundamental pois há casos de exodontia (extração) de todos os dentes devido às dores, sendo que o problema poderia ser resolvido de maneira muito mais simples. Placas de relaxamento muscular são capazes de solucionar os principais distúrbios causados pelas para funções do sistema mastigatório. O problema do ronco (ruído causado na respiração ao dormir) e o quadro de apnéia obstrutiva do sono (paralisações na respiração por obstrução da passagem de ar) também podem ser resolvidos no consultório dentário! Esses distúrbios do sono possuem conseqüências trágicas que vão desde a separação do casal ao risco de morte súbita! Quer dor de cabeça maior do que anos mal dormidos devido ao barulho do(a) companheiro(a) ou anos de sono (se é que pode ser assim chamado) que não descansam?

O problema é sério e não se esqueça: o ronco incomoda, a apnéia pode matar! Esses problemas, corretamente diagnosticados, também podem possuir simples soluções no consultório odontológico. Os dispositivos intra orais são pequenos aparelhos usados na hora de dormir que resolvem a maioria dos casos (cerca de 90%). Eles podem trazer de volta um prazer a muito tempo perdido, o de dormir bem!

A abordagem odontológica para esses problemas é razoavelmente recente e talvez por isso não seja tão conhecida. Em contato com profissionais familiarizados com esses problemas, é possível reconquistar prazeres fundamentais ao bem estar, muitas vezes a tempo perdidos!

CRENÇAS E VERDADES NOS TRATAMENTOS DE CANAIS


CRENÇAS E VERDADES NOS TRATAMENTOS DE CANAIS


Tratar Canal deixa o(s) dente(s) mais fracos?

A técnica de tratamento de canal é um procedimento cirúrgico odontológico que remove os conteúdos do interior dos canais, normalmente nos casos de polpa viva (nervo) são tecidos semelhantes a carne, logo são estruturas de pouca resistência física. Limamos e dilatamos o canal para melhor podermos obturar esta cavidade, a raiz permanece com a mesma estrutura de dureza da dentina. Os procedimentos que usamos em nada enfraquecem o remanescente radicular. Na fase final que é a obturação, usamos dois materiais, um sólido, que são os cones de guta percha, outro os cimentos que endurecem após horas. Podemos concluir, que após obturados os canais os dentes até ficam mais resistentes do antes de perderem a vitalidade de suas polpas. Um fato que hoje não mais discutimos cientificamente é quanto a hidratação, ou seja, no passado achávamos que este fator era o responsável pela fragilidade dos dentes tratados, sabemos que a integração de uma raiz ou dente aos tecidos que o sustentam permanece inalterada. Os casos de quebra ou fratura ocorrem independente do dente ou raiz ter ou não tratado o canal. Concluímos que dentes ou raízes após tratamento de canal não ficam mais fracos.

Tratar Canal muda a cor do dente?

As mudanças de cor são mais encontradas nos dentes anteriores de canino a canino, em ambas arcadas. Ocorrem nas outras peças dentárias, porem pela localização, estrutura e condições de iluminação da cavidade oral não apare cem com tanta agressão estética. A mudança é marcada por diferentes tonalidades, que se iniciam do amarelo fraco passando até marrom podendo chegar ao cinza, produzindo efeitos estéticos localizados desagradáveis no conjunto facial, O quadro clínico é devido geralmente a hemorragias internas derivadas da polpa (nervo) ou de restos orgânicos, materiais indesejáveis de tratamentos de canal com técnica deficiente na toalete final. O sangue ex posto após a coagulação começa a sofrer reações químicas em sua degradação, com formação de óxidos ao seu final. São os óxidos os responsáveis pelas modificações de cor nos dentes e raízes. O processo é de longa duração, contínuo e cada vez mais agressivo no que se refere a estética dentária da bateria labial. Cuidados técnicos precisos na fase de limpeza final da câmara pulpar, prevenção através da busca de trabalhos de diagnóstico precoce de morte pulpar, principalmente após acidentes que envolvam trauma ou batidas nos dentes. Nos casos já manifestos é pela técnica de clareamento que conseguimos o retomo estético desejável. O Clareamento consiste em reações químicas, com produção de gás que são ávidos por óxidos que com reações de combinação removem os detritos dos canalículos mais inacessíveis da dentina, O Clareamento é uma técnica que em poucas sessões resulta na volta da tonalidade característica dos demais dentes vizinhos.A mudança de cor é uma anormalidade técnica no tratamento de canal ou a morte pulpar por trauma sem tratamento e a técnica de Clareamento é a solução usada.

Instrumentos de Canal fraturados causam algum mal?

O instrumental usado nos tratamentos de canal são forjados em aço possuindo diferentes formas anatômicas, com estrias, farpas, ranhuras, que servem para rasparem os canais. Os especialistas no trabalho cirúrgico promovem movimentos de raspagem, rotação, torção, transição que podem involuntariamente produzir a fratura ou ruptura do instrumental. No arsenal moderno a disposição dos especialistas em endodontia encontramos o Ultra Som, que muito tem contribuído para remoção ou passagem destes obstáculos no interior dos canais. O instrumental atual é seguramente mais resistente as rupturas, novas ligas de compostos mais eficazes nos asseguram dados estatísticos menores com referência a este acidente. A complexidade de cada caso é identificada pelo tipo de instrumento faipado-estriado) ou a altura no conduto em que ocorreu o acidente. A missão do endodontista é remover ou passar pelo fragmento, após alargando o possível para que a obturação seja concluída. Nos casos em que não conseguirmos passar pelo obstáculo e que não houver lesão apical presente, devemos obturar até o obstáculo e preservarmos em 90/180 dias com controle radiográfi co. Nos casos em que existe lesão apical devemos optar num primeiro momento por uma observação radiológica em 90 dias após a obturação, não observando-se reversão do quadro, fica a indicação da cirurgia periapical como atitude final. A presença física de um instrumento de canal no interior de um conduto radicular assim como sua permanência não causa nenhuma mal a saúde geral. Instrumentos fraturados são obstáculos na execução da técnica de tratamento de canal. No geral as suas permanências nos canais não causam distúrbios à saúde dos pacientes portadores.

A PROCURA DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO

Você sente que está necessitando de tratamento ortodôntico?

Está é uma situação que deve ser muito bem definida. O que você pretende de um tratamento ortodôntico pode ser diferente do que o ortodontista entende que deve tratar. O ortodontista precisa saber mais sobre você do que simplesmente avaliar seus dentes. E é muito bom que você saiba algumas coisas importantes sobre a ortodontia.

Por que realizar tratamento ortodôntico?

Basicamente há dois motivos: fisiológico e estético. Alguns pacientes procuram o tratamento porque tem problemas de dor e mau funcionamento (disfunção) da articulação-temporo-mandibular (ATM) outros são assintomático e procuram melhora na estética, da face ou dentes. O ortodontista sempre tem um visão enfocada na fisiologia e na estética. O profissional sabe que a boa oclusão fisiológica é fundamental e que os resultados estéticos, que devem ser buscados, são correlatos a fisiologia.

Como a ortodontia pode melhorar a estética da face?

A posição dos dentes influencia, decisivamente, na estética da face. Os dentes não podem ser tratados ignorando o restante da face. No sentido transversal, deve ser respeitado o biótipo do indivíduo. Pacientes com o rosto estreito (fino e comprido) devem ter arcadas dentária proporcionais ao seu biótipo. Da mesma forma pacientes que tem o rosto largo (tão largo quando comprido, quase quadrado). No sentido póstero-anterior (de trás para frente) a posição dos incisivos, mais para frente ou mais para trás, influencia diretamente na beleza do perfil e na fisiologia da respiração.

Quando os incisivos estão para frente, dizemos que estão protrusos, e quando para trás, disse retrusos. A protrusão de ambas arcadas dentárias, superior e inferior (biprotrusão) é uma característica do grupo racial negro, os quais além dos dentes biprotuídos têm os lábios grossos. Os mongólicos (índios e asiáticos) tendem para a retrusão dos incisivos, com um perfil mais reto. Já os caucasianos (brancos) são intermediários. E, em nossos padrões de beleza, uma leve biprotrusão é sempre preferível do que uma leve biretrusão.

Um conceito fisiológico que influencia a estético é a relação entre os incisivos superiores e inferiores. Os superiores devem ocluir pela frente dos inferiores. Este é um imperativo fisiológico da oclusão, sem o que o aparelho mastigatório funcionará mal, com prejuízo para os dentes. E, esteticamente também é um imperativo devido a influência cultural. Em todas as culturas, expressadas nas artes, há padrões de beleza universais semelhantes, ainda que o conceito de beleza seja subjetivo e de avaliação pessoal. Quem ama o feio bonito lhe parece...

Assim que estética e fisiologia estão sempre juntas?

SIM!!! Pelo menos assim deve ser. Um bom resultado estético está dependente também da harmonia entre as arcadas dentárias (oclusão), a articulação da mandíbula com o crânio (ATM) e posição dos lábios. É esta harmonia que proporciona maior estabilidade da estética e do bem estar do paciente.

O que é Perfuração

Perfuração é uma situação patológica com prognóstico reservado na maioria dos casos para os dentes ou raízes portadores. As perfurações podem ser de causas naturais, ou seja, reabsorções externas com as mais variadas causas determinantes como traumas, ações químicas, forças, inclusive cárie. Existem perfurações de causas técnicas provocadas por falhas nos preparos das restaurações, tratamentos de canal ou outras. A situação da perfuração em relação a região do dente pode ter significados diversos em relação ao futuro do dente, assim como o tamanho.

As perfurações ocorridas nos as- soalhos das câmaras pulpares de pequeno tamanho nas condições técnicas atuais tem prognóstico reservado. As perfurações médias e grandes nesta região do dente tem prognósticos péssimos, geral mente, aparecem problemas periodontais graves, obrigando a contribuição da cirurgia, através de separações radiculares como solução final. As perfurações altas nas regiões dos canais, após a manipulação cirúrgica do trajeto, com sua correção, tem na obturação a solução final de prognóstico muito favorável. E recomendável após a solução endodôntica das perfurações, que os dentes sejam restaurados ou raízes protegidas e que ocorram controles de 90/180 dias, através de radiografias periapicais.

Perfuração é um acidente indesejável ou uma situação de agressão natural, que com uma boa conduta clínica, geralmente tem résposta satisfatória para a manutenção das peças envolvidas.

AUSÊNCIA DE UM DENTE

Um dente pode ser perdido por variadas razões, dentre as quais destacam-se: doença periodontal, cárie dentária e traumatismos locais. Geralmente, o paciente procura tratamento quando a estética está comprometida, entretanto, a ausência de um dente vai além dessa questão, pois representa comprometimento da integridade do sistema mastigatório.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

Quando um dente é perdido, a integridade estrutural de toda a cavidade bucal é afetada, tanto pelo ponto de vista funcional como estético. A migração dos dentes adjacentes (vizinhos) e opostos é possível. Freqüentemente observa-se o movimento de inclinação, o qual provoca desajuste da mordida(oclusão) prejudicando, assim, o funcionamento normal do sistema mastigatório. Além disso, existe o problema de ordem estética. Sob esta ótica, tem sido cada vez mais valorizado o aspecto visual, em que a desarmonia do sorriso pode prejudicar a auto-estima do indivíduo, fazendo-o ficar mais introvertido e menos ativo socialmente.

QUAIS OS TIPOS DE TRATAMENTO ?

Existem diversos tipos de tratamento e a escolha dependerá de alguns fatores como: indicações, contra-indicações, vantagens, desvantagens e adaptação do paciente ao tratamento escolhido, custos. Para que haja sucesso, o tratamento deve ser planejado com cuidado, prestando atenção às reais necessidades do paciente. Desta forma, um diagnóstico detalhado deve ser realizado avaliando condições bucais do paciente, bem como sua saúde geral. Como opções de tratamento para a ausência de um dente, têm-se prótese adesiva, prótese fixa e prótese sobre implante. No caso de perda de mais de um dente, outros tratamentos podem ser sugeridos.

PRÓTESE ADESIVA

A prótese adesiva é uma alternativa restauradora mais conservadora. Utiliza um dente pilar em cada extremidade do espaço desdentado para sustentar a prótese. O preparo dos dentes pilares (desgaste) é reservado a uma pequena porção do dente.

Indicações: ausência de 1 dente, especialmente na região anterior; oclusão favorável
Contra-indicações: dentes pilares (vizinhos ao espaço) com grandes restaurações, com condição periodontal (gengivite e mobilidade), quando a higiene do paciente for precária
Vantagens: o preparo(desgaste) conservador, custo reduzido e menor tempo de clínica
Desvantagens: possibilidade de ruptura do sistema de união (interface resina composta/metal e/ou resina composta/esmalte)

PRÓTESE FIXA

A prótese fixa é um tipo de prótese que permanece fixa após a cimentação, não pode ser removida pelo paciente. É necessário utilizar-se um dente pilar em cada extremidade do espaço (edêntulo) para a sustentação à prótese. · Indicações: ausência de um ou mais dentes, tanto anteriores quanto posteriores. · Contra-indicações: mobilidade dentária, higiene bucal precária. · Vantagens: são previsíveis seus resultados, uma vez realizado um planejamento adequado. · Desvantagens: necessidade de preparo com maior desgaste dos dentes adjacentes, tempo maior de tratamento, custo.

PRÓTESE SOBRE IMPLANTE

É um tratamento que requer uma apurada avaliação e planejamento cirúrgico-protético. A prótese sobre implante é um tipo de prótese que utiliza um implante osseointegrado, de forma que a coroa protética seja acoplada a esse implante. Dessa forma, não é necessário o preparo dos dentes adjacentes ao espaço desdentado, como ocorre nas próteses convencionais.

Indicações: Podem ser realizados coroas unitárias, assim como próteses mais extensas, dependendo do planejamento e número de implantes
Contra-indicações: paciente com higiene bucal precária
Vantagens: evita a reabsorção óssea
Desvantagens: necessidade e riscos de intervenção cirúrgica, custo elevado, tempo elevado de tratamento

Este tratamento consiste de 2 etapas, a cirurgia (colocação do implante dentário) e a etapa protética ( colocação da prótese dentária). Para a indicação de implantes osseointegrados é necessário uma avaliação inicial (estado geral da saúde) onde exames serão solicitados (hemograma, radiográficos...) .

A disponibilidade óssea (altura e largura), assim como a qualidade são fatores determinantes para a indicação desta técnica. Nos casos em que tenha havido grandes reabsorções ósseas, faz-se necessário avaliar a possibilidade de enxertos ósseos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um exame clínico bem feito, com um plano de tratamento adequado são essenciais para o bom prognóstico do caso. O paciente deve estar informado quanto aos tipos de tratamento e suas respectivas características. Durante a escolha da prótese a ser realizada, é importante que o profissional esteja ciente das expectativas do paciente e que, juntos, decidam qual a restauração mais adequada. Uma vez que as necessidades e expectativas variam de pessoa para pessoa, fica difícil determinar qual o melhor tratamento. Para tanto, cada caso deve ser analisado individualmente de forma a resgatar a saúde bucal do paciente.

A RESPIRAÇÃO BUCAL E AS DEFORMIDADES DENTO - FACIAIS


A RESPIRAÇÃO BUCAL E AS DEFORMIDADES DENTO-FACIAIS

Atualmente, os problemas respiratórios na infância estão cada vez mais freqüentes, porém pouca gente sabe, da relação desses problemas, principalmente nas crianças que respiram constantemente pela boca, com os problemas ortodônticos, a maloclusão dentária.

A respiração é junto com a mastigação, um dos principais fatores que contribuem para o correto desenvolvimento dos ossos maxilares e conseqüentemente um correto posicionamento dos dentes.

Quando a criança passa a respirar pela boca, várias alterações começam a ocorrer:


Passa a manter a boca aberta a maior parte do tempo
A língua passa a ficar mais baixa, junto ao assoalho da boca, em contato apenas com os dentes de baixo
A criança, para facilitar a respiração bucal, projeta a cabeça para a frente, esticando o pescoço, mudando a postura da coluna cervical


Essas alterações, junto com a inversão da passagem do ar (o ar passa a entrar e sair pela boca e não pelo nariz) aos poucos vão trazendo alterações para os ossos maxilares, para as arcadas dentárias e para o posicionamento correto dos dentes.

As principais alterações que vemos são o céu da boca alto e estreito, as mordidas cruzadas (quando os dentes de cima encaixam por dentro e os de baixo por fora) que podem ser uni ou bilaterais, as mordidas abertas (quando os dentes da frente não se tocam, ficando um espaço entre eles), os apinhamentos dentários (pela falta de espaço os dentes ficam amontoados) e as retrusões mandibulares (falta de crescimento da mandíbula, o osso onde ficam os dentes de baixo, deixando um espaço horizontal grande entre os dentes anteriores de cima e os de baixo).

As causas principais do aparecimento da respiração bucal são as obstruções das vias aéreas superiores, e podem ser devido à:


Obstruções nasais por alergias (Rinites e Rinossinusites)
Hipertrofia de cornetos
Desvio de septo
Adenóides aumentas
Amídalas aumentadas


A respiração bucal, hoje, pelo conjunto de sinais e sintomas associados a ela, é conhecida como a Síndrome do Respirador Bucal.

O respirador bucal além das características descritas acima ainda apresenta uma face característica, com:


Nariz estreito
Narinas afiladas
Lábio superior curto
Boca entreaberta
Olheiras acentuadas


Também pode apresentar baixo rendimento escolar, ser irriquieto, sonolento, apresentar cansaço intenso com pouco exercício físico, Ronca e baba a noite e é um forte candidaqto a apresentar apnéia do sono, ainda na infância.

É um problema sério, que envolve para o seu tratamento, vários profissionais. Em geral, o tratamento da respiração bucal envolve os médicos,principalmente o Otorrinolaringologista, que vai tratar as causas da obstrução nasal, o Ortodontista ou Ortopedista dos maxilares que vai atuar nas seqüelas bucais da respiração bucal, corrigindo os dentes e arcadas dentárias, bem como Fonoaudióloga e Fisioterapeuta.

Como toda alteração que envolve o crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e arcadas dentárias, o tratamento ortodôntico das seqüelas da respiração bucal deve ser o mais precoce possível, mesmo enquanto a criança ainda tem os dentes de leite, para que essas alterações não se perpetuem durante o crescimento da criança, tornando mais difícil seu tratamento no futuro.

Os dentes

Os dentes cortam, prendem e trituram os alimentos. Num ser humano adulto, existem 32 dentes, dezesseis em cada arco dental, assim distribuídos:

  • Quatro incisivos – localizados na frente, dois do lado esquerdo e dois do lado direito -, que cortam os alimentos;
  • Dois caninos – também chamados de “presas”, um de cada lado -, que perfuram os alimentos;
  • Quatro pré-molares – dois de cada lado -, que trituram os alimentos;
  • Seis molares – três de cada lado -, que também trituram os alimentos; destes, o terceiro ou último molar (o dente do siso) pode nunca vir a nascer.

O dente é, basicamente, formado de três partes:

  • Raiz – parte do dente presa aos ossos da face (maxilas e mandíbulas);
  • Coroa – a parte branca visível do dente;
  • Colo – a parte localizada entre a raiz e a coroa.

Se você pudesse cortar um dente verticalmente ao meio, veria o seguinte:

  • Polpa do dente – substância mole e vermelha, formada por tecido conjuntivo; é rica em nervos e vasos sanguíneos;
  • Dentina ou “marfim” – substancia dura e sensível; contém sais de cálcio e envolve a polpa do dente;
  • Esmalte – formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa; na raiz a dentina é revestida pelo cemento. O esmalte é a substância que faz do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. É a parte do corpo com maior grau de mineralização (concentração de sais minerais). Ao longo do tempo ele pode ser corroído por ácidos que se formam na boca. Escovar os dentes após cada refeição é, portanto, uma maneira de protegê-los. O bebê, ao nascer, não possui dentes. Mas eles estão em desenvolvimento, internamente nos ossos. Por volta dos seis meses, os dentes começam a apontar, rompendo a gengiva. Primeiro surgem os incisivos, depois os caninos e, por fim os molares.

Forma-se assim a primeira dentição ou dentição de “leite”. Ela estará completa em torno dos cinco anos de idade e compreende vinte dentes: oito incisivos, quatro caninos e oito molares. Não há pré-molares.

Mas essa dentição não é permanente. Os dentes permanentes vão se desenvolvendo internamente, na estrutura óssea. Por volta dos sete anos, os primeiros dentes “de leite” começam a cair, dando lugar aos permanentes. Assim, pouco a pouco, a dentição permanente vai se formando.

Possuímos então duas dentições: a decídua (“de leite”), que começa a cair por volta dos sete anos de idade; a permanente, que se completa por volta dos vinte anos de idade.

A carie Dental

A atividade fermentativa de microorganismos, decompondo resíduos alimentares que ficam retidos nos espaços entre os dentes, produz substâncias ácidas. Em contato com o dente essas substâncias provocam corrosão na superfície causando a cárie. No início da cárie, formam-se brechas microscópicas na superfície do dente, por onde microorganismos se infiltram e atacam a dentina. Com o tempo, essas brechas dão lugar a cavidades visíveis a olho nu.

Para evitar a cárie dental, é preciso tomar os seguintes cuidados:

  • Escovar os dentes todos os dias, logo após as refeições e à noite ao deitar. Os dentes devem ser escovados com movimentos suaves, circulares e verticais da escova
  • Passar o fio dental ou fita para retirar os resíduos que ficam entre os dentes e que não foram retirados com a escovação.
  • Ir periodicamente ao dentista fazer uma revisão e limpeza mais completa nos dentes, além da aplicação do flúor ou outro tratamento determinado pelo dentista.

Quando tratadas logo de início as cáries são faces de remover.