Proteínas

Outra categoria de alimentos indispensável ao ser humano são as proteínas, principal componente da massa celular. A elas cabe a parte mais ativa na constituição do corpo, tendo papel fundamental na formação no crescimento, regeneração e substituição de diferentes tecidos, principalmente dos músculos.

As proteínas são grandes moléculas formadas pela união de moléculas menores, chamados aminoácidos. Quando ingerimos proteínas elas são digeridas em nosso tubo digestório. Os aminoácidos que os formam se separam e são absorvidos no intestino. Depois passam para o sangue e são distribuídos para as células do organismo. No interior das células, os aminoácidos são reagrupados e uma nova proteína é formada de acordo com a “programação” de determinado gene. Cada tipo de proteína que produzimos tem a sua “montagem” determinada por certo tipo de gene.

Grande parte das proteínas que produzimos em nossas células tem função plástica ou construtora, isto é, participa da construção de nossos tecidos. As proteínas podem também ter a função reguladora no organismo. É o caso das enzimas, proteínas especiais que regulam as diversas reações químicas que ocorrem no nosso corpo. Elas podem ser encontradas em vegetais, cereais, legumes e carnes, mas as proteínas dos vegetais são chamadas incompletas, porque não contêm todos os aminoácidos necessários ao organismo. Por isso, as proteínas de origem animal são as mais recomendadas e estão nas carnes, ovos, leite e seus derivados.

O ser humano precisa ingerir, em média, 30 a 50g de proteínas por dia, o que corresponde a um bife de aproximadamente 150g.

Mas e os vegetarianos ortodoxos – aqueles que não comem nenhum alimento de origem animal? Em geral, são pessoas saudáveis, não são? Como eles conseguem suprir suas necessidades de proteínas? Isso é possível através da combinação de uma grande variedade de alimentos. Os aminoácidos ausentes em alguns estão presentes em outros. Isso quer dizer que a carne deve ser evitada? Bem, não necessariamente. Além das proteínas completas, a carne também é rica em gorduras (lipídios). Apesar de serem as vilãs da obesidade e dos riscos cardíacos, elas também são indispensáveis na alimentação diária. O que os especialistas recomendam é que se opte pela carne magra.

Os Lipídios

Os lipídios mais conhecidos são representados pelos óleos e pelas gorduras e têm, basicamente, função energética, da mesma forma que os carboidratos. As moléculas de óleo e gordura são formadas pela união de duas moléculas menores, o ácido graxo e o glicerol. Os lipídios também tem função estrutural, eles participam da constituição das membranas celulares.

São exemplos de alimentos ricos em lipídios: leite integral, ovos, castanha de caju, coco, azeite e carne com gordura.

A gordura animal é rica em colesterol que, em excesso, causa sérios danos ao organismo. No entanto, na quantidade adequada, a gordura produz, no organismo, ácidos graxos e glicerol, que desempenham diversas funções e reações químicas importantes. Algumas vitaminas, por exemplo, só são absorvidas quando encontram gordura. Concentrada sob a pele, a camada adiposa nos protege contra o frio e os choques. Além disso, a gordura que se acumula no organismo funciona como uma reserva energética. Quando passamos muitas horas sem comer e esgotam-se os carboidratos, o metabolismo passa a queimar esta gordura para que os órgãos continuem funcionando.

É por isso que os nutricionistas recomendam que façamos pequenas refeições a cada três horas, em média – porque quando a falta de carboidratos é muito freqüente, o cérebro entende que precisa reforçar seus “estoques” de energia e ordena ao corpo que acumule cada vez mais a gordura das refeições. Esse acúmulo dá origem aos chamados pneuzinhos (gordura localizada). Com o tempo, essa gordura pode acumular-se nas veias e artérias, levando a graves problemas cardíacos.

Então, atenção: as gorduras são indispensáveis ao organismo, mas devem ser ingeridas em quantidades mínimas, pois cada 100g de gordura fornece duas vezes mais energia que 100g de proteínas ou carboidratos. Para evitar o excesso, o melhor é optar pelas carnes magras e leite desnatado, que contêm quantidades reduzidas de gordura. Peixes e aves podem ser consumidos em maior quantidade, pois contêm tipos de gordura mais saudáveis. Sem contar que são fontes de outros nutrientes, como o peixe, que é rico em vitaminas do complexo B e vários minerais.

Vitaminas

As vitaminas são substâncias que o organismo não tem condições de produzir e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. Suas principais fontes são as frutas, verduras e legumes, mas elas também são encontradas na carne, no leite, nos ovos e cereais.

As vitaminas desempenham diversas funções no desenvolvimento e no metabolismo orgânicos. No entanto, não são usadas nem como energia, nem como material de reposição celular. Funcionam como aditivos – são indispensáveis ao mecanismo de produção de energia e outros, mas em quantidades pequenas. A falta delas, porém, pode causar várias doenças, como o raquitismo (enfraquecimento dos ossos pela falta da vitamina D) ou o escorbuto (falta de vitamina C), que matou tripulações inteiras até dois séculos atrás, quando os marinheiros enfrentavam viagens longas comendo apenas pães e conservas.

A Ciência conhece aproximadamente uma dúzia de vitaminas, sendo que as principais são designadas por letras. Essas vitaminas podem ser encontradas em muitos alimentos, especialmente os de origem vegetal.

Vitamina A

A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, substância a partir da qual o organismo produz retinol, uma forma ativa de vitamina A. A vitamina A é importante no crescimento, pois forma ossos e dentes, melhora a pele e o cabelo, protege os aparelhos respiratório, digestivo e urinário e também é importante para a visão.

Outras fontes de vitamina A: leite integral, queijo, manteiga, gema de ovo, pimentão, mamão, abóbora e verduras em geral.

Vitaminas do complexo B

Formam um conjunto de vitaminas que têm , entre si, propriedades semelhantes.

A banana contém vitamina B6, que produz energia a partir dos nutrientes, ajuda a formar hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) e anticorpos, é útil para os sistemas nervoso e digestivo e boa para a pele. Outras fontes de vitaminas do complexo B: cereais integrais, leguminosas (feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, ervilha etc.), alho, cebola, miúdos (moela, coração etc.), peixes, crustáceos, ovos e leite.

A vitamina B12, por exemplo, participa da formação de material genético nas células, essencial à formação de novas células, como hemácias e leucócitos. A vitamina B12, só é encontrada em alimentos de origem animal. Os vegetarianos precisam, portanto, de suplementação desta vitamina. As carnes magras, aves e peixes contêm niacina, que ajuda a produzir energia a partir das gorduras e carboidratos e auxilia também o sistema nervoso e o aparelho digestivo, e vitamina B1, que ajuda na produção de energia, principalmente a necessária aos nervos e músculos, inclusive o coração.


Fontes de vitamina B1 Fontes de vitamina B12

Fontes de vitamina B2 Fontes de vitamina B3

Vitamina C

Tomate, laranja, acerola, limão e goiaba são ricos em vitamina C. O ideal é comer esses alimentos crus. A vitamina C preserva ossos, dentes, gengivas e vasos sangüíneos, aumenta a absorção de ferro, ajuda o sistema imunológico e aumenta a cicatrização.

A falta de vitamina C pode causar alguns distúrbios, tais como: anemia, inflamação das mucosas, enfraquecimento dos vasos capilares sangüíneos, podendo ocorrer sangramento em diversas partes do corpo. Todos esses são sintomas de uma doença que é denominada escorbuto.

Outras fontes de vitamina C: abacaxi, caju, mamão, manga, couve-flor e espinafre.

Fontes de vitamina C

Vitamina D

As vitaminas também estão presentes nos alimentos de origem animal, como leite e ovos são ricos em vitamina D (sintetizada pelo próprio organismo, mas que depende do sol para se tornar vitamina D). Esta vitamina é fundamental no fortalecimento dos ossos e dentes e ajuda na coagulação do sangue.

Fontes de vitamina D

Vitamina K

Entre os alimentos fontes de vitamina K, podemos citar: fígado, óleo de fígado de bacalhau, frutas e verduras como acelga, repolho, couve e alface.

Também contêm vitamina E, que retarda o envelhecimento das células e contribui para a formação de novas hemácias, impedindo sua destruição no sangue.

As verduras e legumes são ricos em vários tipos de vitaminas, mas especialmente o ácido fólico, que é uma das vitaminas do complexo B. Ele colabora na produção de material genético dentro das células e mantém saudável o sistema nervoso. As verduras, assim como queijos, ovos e leite, também são ricas em vitamina B2 ou riboflavina. A riboflavina estimula a liberação de energia dos nutrientes, ajuda na produção de hormônios e mantém saudáveis as mucosas

Fontes de vitamina K

Sais minerais

Os sais minerais são nutrientes que fornecem o sódio, o potássio, o cálcio e o ferro.

Ao contrário do que muitos acreditam, a água que bebemos não é absolutamente pura. Ela contém pequenas quantidades de sais minerais dissolvidos. Estes sais também precisam ser repostos continuamente. É por isso que a desidratação pode matar – a carência aguda de minerais prejudica o metabolismo, como a carência de potássio, que pode causar paralisia muscular, inclusive da musculatura cardíaca.

Zinco, magnésio, cobre e selênio – difícil imaginar que alguém possa comê-los, não é? Mas a verdade é que, ao fazermos uma refeição balanceada, ingerimos esses minerais e alguns outros, como ferro, cálcio, sódio, potássio, iodo e flúor. Eles desempenham um importante papel no controle do metabolismo ou na manutenção da função de tecidos orgânicos.

O cálcio e o flúor, por exemplo, formam e mantêm ossos e dentes. O cálcio ainda ajuda na coagulação do sangue e participa das contrações musculares. Estes dois minerais podem ser encontrados no peixe. Leite e derivados, além de ervilhas secas, verduras, feijões e castanhas também são ricos em cálcio.

Funções parecidas tem o magnésio. Também forma e mantém ossos e dentes e controla a transmissão dos impulsos nervosos e as contrações musculares. E Ele ainda ativa reações químicas que produzem energia na célula. Alimentos ricos em magnésio incluem castanhas, soja, leite, peixes, verduras, cereais e pão.

O cobre (quem diria?) controla a atividade enzimática que estimula a formação dos tecidos conectivos e dos pigmentos que protegem a pele. Se você tem o hábito de comer feijão, ervilhas, castanhas, uvas, cereais e pão integral, está ingerindo o cobre necessário para o seu organismo.

Quem pratica esporte já ouviu dizer que comer banana evita cãibras. A verdade é que a banana é muito rica em potássio, mineral que ajuda nos impulsos nervosos e contrações musculares, além de manter normal o ritmo cardíaco e o equilíbrio hídrico os organismo. O sódio, presente em quase todos os alimentos, também possui as mesmas funções do potássio.

Encontrado em pequenas quantidades em vários tipos de alimentos, o zinco auxilia na cicatrização, conserva a pele e o cabelo, e controla as atividades de várias enzimas. Já o selênio diminui os riscos de alguns tipos de câncer e protege as células dos danos causados por substâncias oxidantes. É encontrado em carnes, peixes e vegetais. A quantidade de selênio nos vegetais depende do teor deste mineral no solo.

Por fim, o ferro, encontrado nas carnes, peixes, fígado, gema, cereais e feijões, contribui com a produção de enzimas que estimulam o metabolismo. Também forma a hemoglobina e a mioglobina, que levam oxigênio para as hemácias e para as células musculares. Mas para que haja melhor aproveitamento do ferro, é necessário ingeri-lo com alimentos ricos em vitamina C.

Atenção!!

Foi-se o tempo, no entanto, em que as pessoas colhiam a alface na horta e comiam em seguida. Ou quando carregavam um canivete no bolso para descascar a laranja recém-colhida no pé. Hoje, o alimento demora vários dias para chegar às nossas mesas, sendo transportado e armazenado durante dias. Nesse período, há uma perda nutricional considerável. Imaginemos, então, os produtos industrializados, que são processados e adicionados de conservantes, acidulantes e outros “antes”. Por isso, o ideal é abolir os enlatados e preferir os alimentos naturais e crus. Se formos cozinhar, devemos usar pouca água. As vitaminas são substâncias frágeis e podem ser facilmente destruídas pelo calor ou pela exposição ao ar.


Cuidados com os alimentos

Uma alimentação saudável deve fornecer ao organismo, em quantidades necessárias, carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas, sais minerais e água. Além dessa recomendação geral, é necessário ter cuidado com a dieta.

Dieta

Para uma dieta saudável recomenda-se:

* Consumir vegetais, frutas, verduras e legumes da estação (temporada), porque são geralmente mais frescos, além de mais baratos;
* escolher alimentos variados para garantir uma dieta equilibrada em nutrientes, vitaminas, água e sais minerais;
* dar preferência a produtos naturais, ou seja, não industrializados;
* quando não for possível evitar o consumo de alimentos industrializados, ingerir em pequena quantidade e não repeti-los por dias seguidos.





Higiene

A higiene é uma recomendação básica quando se trata dos cuidados com alimentos. A água destinada para beber e preparar os alimentos precisa ser filtrada, retirando, assim, possíveis resíduos e verificando se ela é procedente de estação de tratamento. Caso não seja, deve ser também fervida, pois a simples refrigeração da água não elimina os resíduos e os microorganismos que possivelmente possam existir.

É necessário lavar muito bem antes de ingerir as frutas e verduras, pois elas podem trazer consigo microorganismos, ovos de vermes parasitas ou resíduos de agrotóxicos. O cozimento elimina as possíveis larvas de parasitas causadoras de doenças que as carnes podem conter, como por exemplo, as larvas de da tênia. Por isso, é preciso evitar o consumo de carnes mal cozidas ou mal passadas.

A palavra pasteurizado deve ser verificada sempre na embalagem do leite, pois, preferencialmente, é o recomendado. Qualquer outro tipo deve ser fervido antes do consumo.

É importante lavar com sabão e água corrente os utensílios usados para preparar e servir os alimentos: panelas, pratos, talheres, copos etc. Também deve ser adquirido o hábito, antes das refeições, de lavar as mãos com sabão para evitar doenças graves como a cólera e as verminoses.

Além dos cuidados citados e da higiene, são recomendações importantes para a alimentação saudável: mastigar bem os alimentos, evitar comida muito condimentada (muito sal, pimenta etc.), não comer em excesso e fazer as refeições em horários regulares.

Conservação dos alimentos

É importante adquiris o hábito de verificar o estado de conservação dos alimentos. Caso algum alimento não se apresente em bom estado, não deve ser consumido.

Por exemplo, as indicações para se saber se o peixe (fresco ou congelaso) está e bom estado para consumo são: guelras (brânquias) vermelhas, olhos brilhantes e escamas firmes. Todo o tipo de carne em bom estado de conservação aparenta coloração natural e consistência firme.

Antes de consumirmos alimentos industrializados, devemos ficar atentos quanto:

* Às embalagens (latas) não estarem enferrujadas, estufadas e nem amassadas;
* ao alimento estar no prazo de validade.

Caso contrário corre-se o risco de consumir alimento estragado, e a ingestão de conservas estragadas pode provocar intoxicações graves e doenças (até fatais), como disenteria e botulismo.

Como os alimentos se estragam

Os microorganismos presentes no ambiente – por exemplo no ar- se multiplicam quando há umidade e temperatura favoráveis. Essas condições podem ser encontradas em um alimento. Por exemplo: pela rachadura de uma fruta, se dá a ação de microorganismos que atuam na decomposição; assim, a fruta se estraga.

Quando há necessidade de conservar os alimentos, é necessário mantê-los em ambientes que ofereçam condições desfavoráveis aos microorganismos. Os processos mais usuais de conservação se baseiam em alterar as condições de temperatura e umidade utilizando a desidratação, mantendo o alimento no isolamento em embalagem a vácuo; congelando, entre outros processos.

Técnicas de conservação de alimentos

Existem várias técnicas de conservação de alimentos para que eles não se estraguem, não percam o seu valor nutritivo, nem sofram nenhum tipo de alteração. As principais são: fervura, resfriamento e congelamento e desidratação.

Fervura

Os alimentos cozidos se conservam por mais tempo que os crus, pois a fervura mata os microrganismos contidos no alimento. A conservação pelo calor elevado é muito utilizada pelas indústrias, por exemplo, a pasteurização.

Resfriamento e congelamento

Para resfriar os alimentos normalmente é utilizado o refrigerador ou a geladeira, onde os alimentos são submetidos à baixas temperaturas, porém superior a 0 ºC. Esse processo conserva-os por poucos dias, vaiando o prazo de uma alimento para o outro.

O congelamento ocorre em temperatura abaixo de 0 ºC. No congelador ou freezer, os alimentos são submetidos, comumente, entre -10 ºC e -30 ºC. Os congelados, em virtude da diferença de temperatura, se conservam por mais tempo que os alimentos apenas resfriados.

As baixas temperaturas apresentam condições ambientais desfavoráveis. Isso dificulta o desenvolvimento dos microorganismos responsáveis pela decomposição, ou seja, pelo apodrecimento dos alimentos.

Processos tradicionais de desidratação

Apesar de haver atualmente tecnologias avançadas empregadas para conservação dos alimentos, citaremos alguns processos tradicionais que podem tanto ser realizados em grande escala industrial, quanto em pequenas produções artesanais. São eles: defumação, salgamento e isolamento.

A defumação é, comumente, utilizada na conservação de peixes, carnes e lingüiças. Nesse processo seca-se o alimento usando fumaça.

O salgamento é a forma mais simples de conservar carnes de boi, porco e peixe. Uma alternativa é salgá-la e colocá-la para secar ao sol. O bacalhau e a carne-seca ou charque, muito conhecidos na nossa culinária, são conservados desse modo.

O isolamento é outra forma de conservar os alimentos. Essa técnica consiste em manter os alimentos na embalagem a vácuo, de onde se retira o ar. Isso contribui para a conservação dos alimentos por um longo tempo, pois os microorganismos não sobrevivem à falta de oxigênio, que é necessário à vida de muitos deles.

Os frascos hermeticamente fechados também ajudam na conservação da comida.

Aditivos e outras técnicas de conservação

Na indústria alimentícia, ainda é muito comum o uso de aditivos, que são substâncias adicionadas aos alimentos para conservar, adoçar, realçar o sabor, a cor e o aroma.

Os corantes, por exemplo, são muito utilizados em doces e refrigerantes.

A energia dos alimentos

Para suprir as necessidades de nutrientes do nosso organismo, ou seja, para ficarmos bem alimentados, basta comer o suficiente. Não devemos exagerar.

Quando o organismo obtém mais energia do que gasta, seu peso aumenta. A obesidade geralmente é conseqüência de um excesso de energia no organismo em relação ao gasto. O excesso de carboidratos, por exemplo, é convertido em gordura e armazenado em células que forma o tecido adiposo.

A atividade muscular é a principal forma de gastar energia. Metade da energia gasta por uma pessoa corresponde à sua atividade muscular. Mas essa produção varia conforme as atividades realizadas por cada pessoa. Num operário da construção civil, por exemplo, aproximadamente ¾ de sua energia são gastos dessa forma.

Se você observar o corpo de um atleta que pratica esporte regularmente, perceberá como a atividade muscular contribui para reduzir a quantidade de gordura no organismo.

Calorias: medindo a energia dos alimentos

Os alimentos, como carboidratos, lipídios e proteínas, possuem energia. E essa energia pode ser medida.

A unidade de medida da energia contida nos alimentos é a caloria (cal)

Uma caloria é a quantidade de calor necessária para aumentar em um grau Celsius (1 ºC) a temperatura de uma grama de água. Como a caloria é uma unidade muito pequena, é mais fácil medir a quantidade de energia dos alimentos em quilocalorias (Kcal): uma quilocaloria (1Kcal) é igual a mil calorias (1000 cal).

Observe alguns exemplos de alimentos e suas respecticas quantidades aproximadas de energia:

Alimento
Quantidade
Calorias
Café com açúcar
1 xícara de 50 ml
33
Suco de abacaxi natural
1 copo de 240 ml
100
Costeleta de porco
2 unidades (100g)
483
Hamburger bovina
1 unidade (56g)
116
Salsinha
1 unidade (40g)
120
Biscoito Recheado chocolate
1 unidade
72
Biscoito integral de trigo
1 unidade (15g)
28
Banana
1 unidade (65g)
55
Batata
100g
83
Leite integral
1 copo
166
ovo
1 unidade
77

A quantidade de calorias necessárias a uma pessoa depende da sua idade, seu sexo, de seu peso e de sua atividade física. Veja alguns exemplos:

Fases da vida
Energia necessária (valores aproximados em Kcal/dia)
Bibê em fase de amamentação
950
Mulher em fase de amamentação
3100
Adolescente do sexo masculino
3200
Adolescente do sexo feminino
2300

Veja agora a quantidade de calorias gastas em algumas atividades do cotidiano por 1hora:

Atividades
Energia gasta (valores aproximados em Kcal/dia)
Assistir aula
126
Assistir TV
70
Dormir (8h)
60
Dançar
315
Correr
560
Nadar devagar
560
Andar de bicicleta
400

Pelos exemplos, verificamos que até dormir gastamos energia, pois, nesse período, as funções do corpo continuam ocorrendo.

Portanto, escolher adequadamente os alimentos é uma tarefa importante. Cada pessoa deve procurar saber qual a quantidade e a qualidade dos alimentos de que necessita. Muitas vezes podemos conseguir essa informação em postos de saúde, com nutricionistas ou médicos.

Como surgem os primeiros dents


Os primeiros dentes


A formação de dentes saudáveis e sólidos depende, sobretudo, da alimentação da mãe durante a gravidez e do regime alimentar da criança, após o nascimento. Mesmo que saudáveis, é fundamental escová-los logo a seguir às refeições, ingerir poucos alimentos à base de açúcar e fazer visitas regulares ao dentista, para diagnosticar possíveis problemas.
O nascimento dos dentes
A importância da dentição de leite
Higiene diária


O nascimento dos dentes


O surgimento dos primeiros dentes varia muito de criança para criança. Enquanto numas crianças o primeiro dente surge aos três meses, noutras pode aparecer apenas por volta dos doze meses. Ambas as situações são consideradas normais, todavia a média do rompimento dos primeiros dentes é por volta dos seis meses.

A maioria das crianças mordem os brinquedos, choram e babam-se muito, durante os três ou quatro meses que precedem o rompimento de cada dente.

A dentição de leite é formada por vinte dentes que devem romper antes dos dois anos e meio de idade. Os dois incisivos centrais inferiores são os primeiros a aparecer, entre os seis e os oito meses, logo seguidos pelos quatro incisivos superiores.

Um bebé com doze meses terá, em média seis dentes. Depois de alguns meses de pausa, começam a surgir, uns atrás dos outros, mais de seis dentes: os dois últimos incisivos e os quatro primeiros pré-molares.

Os pré-molares só aparecem depois dos incisivos, mas muito atrás destes, deixando um espaço para os caninos e depois do aparecimento do primeiro pré-molar, há uma nova pausa de vários meses, até que os caninos se venham encaixar entre os incisivos e os pré-molares. Geralmente isto acontece durante a segunda metade do segundo ano.

Os últimos quatro dentes a romper são os molares, instalando-se logo atrás dos pré-molares e costumam aparecer durante a primeira metade do terceiro ano.

O rompimento dos primeiros dentes pode deixar a criança mal disposta, aborrecida e com falta de apetite durante vários dias, chegando a acordar durante a noite por este motivo. Para a acalmar pode tentar massajar-lhe as gengivas com os seus dedos, dar-lhe um brinquedo que ela possa roer ou até tentar dar-lhe de comer. Os brinquedos mais conhecidos para a criança tentar trincar são os anéis ou argolas de dentição. Pode usá-los nesta fase.

Nunca dê ao seu bebé objectos de celulóide, pois se se partirem o bebé corre o risco de engolir alguns bocados. Também nunca deixe o bebé roer objectos pintados, especialmente com tinta à base de chumbo.

Pode também experimentar colocar um pedaço de maçã suculenta num guardanapo de pano limpo, apertá-lo e dar ao bebé para chupar.

Limpe cuidadosamente, com água e sabão, os brinquedos de dentição, caso estes caiam ao chão ou caso algum animal de estimação lhes toque. Não utilize medicamentos para os dentes sem o médico o aconselhar.


A importância da dentição de leite


Nalguns casos a dentição de leite pode tardar a romper. A sua falta pode comprometer a mastigação e, até, atrasar o desenvolvimento da fala. Em primeiro lugar a dentição de leite serve de guia para que os dentes permanentes se fixem e se posicionem no local correcto.

Os dentes de leite também têm raízes, se bem que menos profundas e quando um dente permanente inicia a sua formação, a raiz do dente de leite correspondente vai sendo absorvida por aquele, o que faz com que o dente de leite caia, porque fica sem base de apoio. Assim, surge no seu lugar o dente permanente.

Se o desenvolvimento não se processar deste modo, pode acontecer que o dente definitivo nasça antes da sua própria raiz estar suficientemente firme, aumentando o risco de que, mesmo pequenos traumas, façam abalar a sua estrutura, levando-o, em casos mais graves, a cair. Outro dos perigos do dente de leite cair demasiado cedo está no facto de, sem qualquer obstáculo no caminho, o dente permanente se projectar demasiado para a frente.

Assim sendo, não se preocupe em puxar o dente de leite ao seu filho logo que o mesmo começar a mexer. Deixe que a natureza se encarregue disso, fazendo-o cair logo que o dente definitivo esteja pronto para emergir.

Se o dente de leite cair antes do tempo derivado de uma queda ou devido a qualquer outro tipo de acidente, recorra, imediatamente ao dentista. Para que este profissional possa ajudar o seu filho, não podem ter passado mais de duas horas desde o acidente e tem de levar o dente consigo. Pode transportá-lo dentro de leite, em soro fisiológico ou ainda debaixo da sua língua.

O dentista verificará se ocorreu algum dano no dente definitivo, em formação, e analisará a possibilidade de tratar e reimplantar o dente de leite perdido.

Quando nascerem os dentes definitivos, o dentista ou mesmo o pediatra, deverão verificar se a dentição está a desenvolver-se normalmente.


Higiene diária


Lavar periodicamente os dentes não só os mantém saudáveis e limpos, como permite que a criança tenha um sorriso brilhante e um hálito fresco. Por este motivo, deve ensiná-la a cuidar dos seus dentes desde pequena, usando a técnica que mais se adapta à sua idade.

O bebé, porém dispensa as escovas de dentes, pois mesmo as mais macias podem magoar as suas gengivas sensíveis. O ideal é utilizar uma gaze humedecida com água e a limpeza deve ser feita após cada mamada, antes mesmo do nascimento do primeiro dente. Este método, além de servir como massagem, alivia os incómodos do rompimento dos dentes, e ajuda a evitar a acumulação de leite nos mesmos.

Após o aparecimento dos quatro primeiros pré-molares, a criança deve começar a lavar os seus dentes com uma escova apropriada. Nesta altura a criança deve ter cerca de dezoito meses e gosta de imitar o que os adultos fazem. Deve aproveitar-se desta situação e procurar lavar os seus dentes à frente da criança, ensinando-a, aos poucos, como é que deve lavar os seus próprios dentes.

É aconselhável, já nesta idade, lavar os dentes depois das refeições e com especial cuidado à noite, de modo a permanecerem limpos durante a noite
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Santini