ODONTOLOGIA PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Esta Especialidade foi regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) há menos de dois anos. Na prática há muito tempo a Odontologia para Pacientes Portadores de Necessidades Especiais vem sendo praticada por profissionais dedicados. Construíram seus conhecimentos garimpando cursos e leituras em várias áreas da saúde e educação. No entanto ainda é pouco conhecida. Dados epidemiológicos ou sobre serviços odontológicos a estes pacientes são escassos, mas muito necessários para o planejamento de uma atenção odontológica de maior qualidade para este grupo específico da população. Veja a pagina da Associação Brasileira de Professores de Odontologia em Pacientes Especiais (APOPE): http://www.apope.org.br

A terminologia “portadores de necessidades especiais” vem substituindo os já conhecidos termos “portadores de deficiência” ou “excepcionais”. A definição de pacientes especiais já está formulada de comum acordo entre as associações de diversos países, como a International

Association of Dentistry for the Handicapped (IADH). A idéia de que estas pessoas apresentam deficiência como sinônimo de incapacidade de participação e integração na sociedade vem sendo derrubada pela observação e dados científicos a respeito. É necessário o respeito a suas limitações e as suas potencialidade de oferecerem sua contribuição à sociedade a qual pertencem.

Com o reconhecimento, esta Especialidade da Odontologia vem se organizando para o maior entendimento e estruturação da prática clínica aos portadores de necessidades especiais. As técnicas e adaptações da odontologia dizem mais respeito aos conhecimentos científicos e ao manejo das limitações e necessidades dos pacientes.

LASER NA ODONTOLOGIA

LASER NA ODONTOLOGIA

A palavra LASER significa light Amplification by Stimulated Emission of Radiation que, em português, seria ‘luz amplificada pela emissão estimulada de radiação’.

O laser é uma fonte de luz com vários comprimentos de onda que lhe conferem propriedades terapêuticas.

O laser de baixa potência ou laser terapêutico (low level laser therapy – LLLT) tem ação antiinflamatória, analgésica e bioestimulante.

Atualmente, devemos considerar o laser um auxiliar terapêutico indispensável aos consultórios odontológicos.

Como toda técnica , porém, é fundamental que se conheça bem os seus princípios básicos, principalmente porque os efeitos e o mecanismo de ação do laser são bastante complexos.

No caso do Herpes Labial, por exemplo, é comum o paciente chegar ao consultório para aplicação do laser, e ele já estar usando uma pomada ou tomando um comprimido para o Herpes. Infelizmente, esses comprimidos ou pomadas, têm o mecanismo de ação somente no DNA do vírus, diminuindo somente o tempo de exposição da lesão não atuando diretamente no fortalecimento da imunidade da região, apesar de não ter problema do seu uso concomitante com o laser.

O laser vai biomodular a região, isto é, vai fazer com que o local fique mais resistente (as células do nosso organismo ficam mais fortes e resistentes ao vírus), fazendo com que a reincidência diminua acentuadamente.

APLICAÇÕES E INDICAÇÕES NA ODONTOLOGIA

Alívio da dor - promove o alívio de dores de diversas etiologias, dores de origem pulpar, dores nevrálgicas, dores em tecido mole, mialgias, dores de pré e pós – operatório, entre outras aplicações.

Reparação tecidual - A fotobioestimulação por laser tem sido empregada de maneira bastante eficaz após tratamento de canal, lesões traumáticas, promovendo uma reparação tecidual mais rápida e com padrão de qualidade tecidual superior.

Redução de edema ou “inchaço” e de hiperemia que seria o aumento da circulação sanguínea local (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório) – Indicado na aplicação do pós operatório de procedimentos no campo da periodontia (inflamações gengivais e dos tecidos de sustentação dos dentes), cirurgia oral menor, etc

Anestesia - Ajuda a diminuir o desconforto do paciente no momento da aplicação da anestesia, visto que pode ser utilizado como pré-anestésico. O laser promove aumento da microcirculação e, desta forma, ajuda na absorção do anestésico, nos casos de pacientes com dificuldade para serem anestesiados.

A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela retração da gengiva, e após o clareamento dental.
Dores na articulação da mandíbula
Paralisia facial
Herpes simples (Herpes Labial)
Herpes zoster
Hipersensibilidade dentinária
Afta
Alveolite (infecção ou a inflamação do alvéolo pós extração dentária)
Bioestimulação óssea
Cárie
Endodontia (Tratamento de canal)
Exodontia (Extração dentária)
Língua geográfica (termo usado para descrever a aparência de mapa geográfico da língua, causada por manchas irregulares em sua superfície, de causa desconhecida)
Lesão traumática
Nevralgia do trigêmio (é uma dor de forte intensidade, basicamente tipo um choque ou um raio que ocorre na face das pessoas. É geralmente de curta duração, a dor vem e volta, e é considerada por algumas pessoas a dor mais forte que o ser humano possa sentir)
Parestesia (Sensações cutâneas subjetivas, por exemplo., frio, aquecimento, formigamento, pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação).

HIGIENE ORAL E DOENÇA PERIODONTAL

Higiene Oral e Doença Periodontal

As doenças periodontais, cujo fator etiológico primário é o biofilme dental (comunidades de bactérias presentes na cavidade bucal), é uma das grandes responsáveis pela perda de dentes em adultos e pode também provocar alterações gengivais como a gengivite em praticamente toda a população onde a higiene oral não está adequada.

As doenças periodontais são consideradas infecções nas estruturas de suporte dos dentes (osso, ligamento periodontal e gengiva) causadas por bactérias presentes na placa. As alterações mais freqüentes em termos de doença são: gengivite (inflamação na gengiva) e periodontite (perda de suporte ósseo dos dentes).

Gengivite:

Denomina-se gengivite a inflamação da gengiva que contorna os dentes. Afetam adultos e crianças atingindo grande parte da população.

As características clínicas principais são sangramento da margem gengival ao escovar os dentes ou espontaneamente, vermelhidão, edema e mudança de textura (flacidez) da gengiva. A causa principal é o acúmulo demasiado de bactérias (placa) entre a gengiva e o dente. A gengivite causa desconforto, sangramento e mau hálito.

Se a gengivite persistir por longos períodos, meses ou anos, poderá evoluir para uma periodontite que tem como principal dano a perda de suporte dos dentes, podendo evoluir até a perda dos dentes.

Para evitar a gengivite preconiza-se a correta escovação dos dentes e gengivas e uso do fio dental ou escovas interdentais pelo menos uma vez ao dia.

Uma vez já instalada a gengivite recomenda-se um exame periodontal onde se fará um diagnóstico correto da enfermidade. Os tratamentos mais freqüentemente usados são a remoção da placa e tártaro (placa mineralizada) em sessões de raspagem e alisamento dos dentes, instrução de higiene oral individualizada e consulta de manutenção periódica.

Após o tratamento local temos o restabelecimento da saúde gengival de 7 a 21 dias. A gengivite pode também ter influência de fatores sistêmicos como diabete, distúrbios hormonais, imunológicos e outros.

O importante é a disciplina na escovação diária e manutenção periódica no dentista. As pastas de dentes mais indicadas são as que contém produtos anti-placa e anti-tártaro comumente encontradas na maioria dos cremes dentais como Kolynos Total e Colgate Total. As pastas são coadjuvantes na escovação, mas o tempo dedicado e a orientação são mais importantes do que os cremes dentais.

Sempre que a gengiva sangra ela está doente. Neste locais onde ocorre o sangramento deve-se intensificar e aprimorar o uso do fio dental e escovas. Às vezes o dentista tem que remover algum ponto retentivo de placa(restaurações ou tártaro) para reestabelecer a saúde gengival. Periodontite:

A periodontite é uma doença que leva a perda gradual dos tecidos de suporte do dente: osso, ligamento periodontal e cemento.

A causa principal assim como na gengivite é o acúmulo de placa entre a gengiva e o dente. Porém a diferença está na resposta imunológica (defesa) que varia de indivíduo para indivíduo. As pessoas que tem uma alteração nas defesas para menor, herdadas geneticamente ou por algum comprometimento de saúde ou comportamental, são mais suscetíveis à periodontite.

A enfermidade ocorre mais freqüentemente em indivíduos adultos acima de 35 anos. Pode também, com menor freqüência, atingir pessoas jovens ou até mesmo crianças.

Alterações sistêmicas como a diabetes podem influir na marcha de progressão da doença.

Fumo e stress são também coadjuvantes que contribuem para uma maior perda de sustentação em periodontites ativas (não tratadas).

As características nem sempre são perceptíveis principalmente no início e somente o exame clínico e radiográfico poderão identificar a doença.

Os tratamentos baseiam-se na remoção da causa através de raspagem, alisamento e polimento dos dentes e mais uma boa higiene oral.

De acordo com os resultados do tratamento são estabelecidas visitas periódicas ao periodontista para diagnosticar e evitar a recolonização bacteriana eliminando a recidiva da doença. Cabe lembrar que todos os dias se aderem novas bactérias nos nossos dentes.

Portanto o diagnóstico precoce e higiene oral aprimoradas são as principais armas que temos para evitar a inflamação e progressão da periodontite.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE I

DENTES DECÍDUOS

É sumamente importante que os pais conheçam a cronologia da erupção dos dentes das crianças, a fim de melhor avaliarem o desenvolvimento de sua dentição.

A estatura (altura) e o nascimento dos dentes das crianças são facilmente observáveis e espelham seu desenvolvimento.

No entanto, as idades em que irrompem os dentes, tanto os dentes de leite (decíduos ou provisórios) quanto os permanentes, varia muito. Diferenças de até um ano, com o aqui relatado, podem estar dentro da normalidade e individualidade da criança.

Todos sabemos que a idade de vida (idade cronológica) geralmente não coincide com a idade de maturação do desenvolvimento (idade biológica).

O crescimento e o desenvolvimento variam de indivíduo para indivíduo, dependente de sua genética e outros fatores.

As meninas sempre têm maturação mais cedo que os meninos, de tal forma que se pode esperar que as idades aqui referidas (que correspondem à média) sejam menores para as meninas e maiores para os meninos.

Havendo diferença, entre a idade cronológica e a biológica, de mais de 6 meses, é recomendável consultar um especialista.

Nas imagens a seguir, mais importante do que a idade, em se refere ao nascimento do dente, é a cronologia de erupção dos dentes, isto é a seqüência com que eles irrompem na boca da criança.

Ainda que está seqüência também possa apresentar variações individuais, elas podem ser prenuncio de alguma anormalidade. Principalmente naqueles casos em que um dos dentes erupciona e o corresponde no outro lado à arcada (seu homólogo) não erupciona. Exemplo: O Incisivo Central Superior direito erupciona e o esquerdo tarda mais de 3 meses para mostrar sua presença. Quando isto acontece, levanta-se a suspeita de que há algum impedimento ou obstrução no caminho de erupção. Isto pode ser um dente extra numerário, um cisto, ou posição atópica genética ou traumática.

Tão logo se caracterize a irregularidade na seqüência de erupção um especialista deve avaliar esta situação.

Erupção dos dentes de leite

Dentição Decídua (Do nascimento aos 6 anos)

Os dentes decíduos, vulgarmente chamados dentes provisórios ou dentes-de-leite (pela sua cor mais branca), são em número de dez (10) na arcada dentária superior e, com a mesma denominação e número na arcada dentária inferior.
Incisivos Centrais
Incisivos Laterais
Caninos
Primeiros molares decíduos
Segundos molares decíduos

Os dentes decíduos para irromperem devem rasgar a gengiva e isto dói. A criança fica inquieta e até irritada com o nascimento dos dentes, procuram alguma coisa para morder. Um artefato de borracha, que a criança morda, pode ser boa ajuda para apressar o rompimento da gengiva.

A erupção dos primeiros dentes decíduos, os Incisivos Centrais inferiores, pode ser esperada em redor dos 7 meses de idade, imediatamente a seguir os Incisivos Centrais superiores e depois os Incisivos laterais. Há relatos de crianças que já nascem com os Incisivos Centrais. Diz a história que Robespiare nasceu com dentes...

Aos quatro anos a criança deverá estar com todos os dentes de leite erupcionados. Dentição decídua completa, que permanece assim até os 6 anos, quando nasce o primeiro molar permanente, e inicia-se a dentição mista. Antes dos 6 anos observam-se dois aspectos importantes: a presença de Diastemas dos Primatas e os diastemas que se abrem entre os Incisivos decíduos. Estes dois assuntos serão descritos em separado.


Diastema dos Primatas e Diastemas dos 6 anos

O espaço entre os Caninos e Laterais decíduos superiores e Primeiros Molares e caninos decíduos inferiores têm o nome de "Diastema dos Primatas". É herança antropológica, remanescente da evolução das espécies, em que os ancestrais do Homo Sapiens tinham estes espaços onde se alojava o sobre passe oclusal dos caninos que eram muito grandes.

O "Diastema dos Primatas" é maior na arcada inferior do que na superior

Outros espaços (diastemas) iniciam-se a aparecer, a partir dos 5 anos de idade, entre os Incisivos decíduos, tanto inferiores quanto superiores. Estes espaços são proverbiais, pois os Incisivos Permanentes que irão substituí-los tem diâmetro mésio-distal maior. Graças a estes diastemas eles encontram lugar nas arcadas para erupcionarem. Uma criança com 6 anos que não apresenta estes diastemas, entre os Incisivos e que também não tem os Diastemas dos Primatas, muito provavelmente terá problemas de falta de espaço na mudança dos dentes.


ESCLARECIMENTO: Os diastemas que se formam entre os Incisivos decíduos, a partir dos 5 anos de idade, são ocasionados pelo crescimento transversal do maxilar superior (maxila), na sutura palatina.

Na imagem aparecem flechinhas com a intenção de chamar a atenção para a abertura destes diastemas.

Entenda-se que este movimento não é ocasionado por deslocamento para frente (protrusão) dos Incisivos e sim em movimento transversal, que não se pode evidenciar nesta imagem.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE II

DENTIÇÃO MISTA

Erupção da Dentição Mista


Na Dentição Mista, convivem na boca da criança, dentes decíduos e dentes permanentes, por cerca de 5 anos, é uma fase que deve ser bem conhecida dos pais. Como será mostrado, os primeiros dentes permanente nascem aos 6 anos, atrás de todos os dentes decíduos, é o Primeiro Molar permanente, dando início a Dentição Mista. Depois dos Primeiros Molares nascem os Incisivos Centrais permanetes, esquerdo e direito, (quase sempre primeiro os inferiores e depois os superiores). A seguir nascem os Incisivos Laterais permanentes e assim fica completa a dentição mista. Muitas vezes na dentição mista já está caracterizado o que será a oclusão dos dentes permanente. É importante que um especialista em Ortodontia examine o paciente nesta fase de Dentição Mista.

Erupção dos Primeiros Molares Permanentes


Este é um acontecimento marcante, que deve ser bem ressaltado. Os Primeiros Molares permanentes, que nascem aos 6 anos, dão início a dentição mista, a qual caracteriza-se pela presença de dentes permanentes e dentes de leite, que convivem na boca da criança aproximadamente durante cinco (5) anos. Depois de erupcionados todos os dentes de leite, irrompem os quatro (4) Primeiros Molares permanentes, dois na arcada dentária superior e dois na inferior, o que ocorre em redor dos 6 anos de idade, mas pode acontecer aos 5 ou aos 7 anos de idade. Geralmente os inferiores nascem primeiro.

Como estes dentes, não têm antecessores provisórios, rompem a gengiva para erupcionar. Seu nascimento pode provocar dor, maior ou menor, segundo a sensibilidade da criança. Um carinho pode ser o suficiente para aliviar este problema.

Deve-se enfatizar, para pais e responsáveis, que estes Primeiros Molares permanentes nascem atrás dos decíduos, sem que caia nenhum dente de leite para eles nascerem. Ocorre, freqüentemente, que são confundidos pelos pais pensando que eles são dentes de leite. Nenhum dente de leite deve ser descuidado e não devem ser perdidos por cárie. Mas, perder prematuramente os Primeiros Molares permanentes, por cárie, confundido com dentes decíduo, como ocorre em alguns casos, é extremamente lamentável. Estes dentes são quem mantém a oclusão na mudança dos decíduos, motivo pelo qual são chamados dentes "chave da oclusão", sua perda prematura é catastrófica para a oclusão.

Observa-se na figura, que os Primeiros Molares superiores articulam com os inferiores, como os dentes de uma engrenagem. O normal desejável é quando o molar inferior está mais para frente do que o superior, então suas cúspides engrenam da forma chamada CLASSE I (Angle).

Relação Molar – Classes de Angle

Engrenamento cuspídeo dos Primeiros Molares permanentes.

As faces posteriores (distais) dos Segundos Molares decíduos guiam e proporcionam o engrenamento entre as cúspides dos Primeiros Molares superiores e inferiores, podendo-se prever como será o posicionamento em Classe de Angle.


O mais favorável é quando existe um discreto degrau das faces distais dos Segundos Molares Decíduos inferiores para frente (mesial) do que as faces distais dos Segundos Molares decíduos superiores. Este degrau proporciona que os Primeiros Molares permanentes ocluam em CLASSE I (Angle) Quando o degrau não existe e as faces distais dos Segundos Molares Decíduos estão na mesma linha, ainda há boas possibilidades de que os Primeiros Molares entrem em chave de oclusão de Classe I (Angle). Isto pode acontecer graças ao "leeway" ou ao crescimento horizontal da mandíbula que, geralmente, é maior do que o crescimento horizontal da maxila

Quando o degrau formado pelas faces distais dos Segundos Molares Decíduos é o reverso do desejado, isto é a face distal do Segundo Molar decíduo superior está mais para frente (para mesial) do que a face distal do Segundo Molar decíduo inferior, então aos Primeiros Molares permanentes ao erupcionarem irão engrenar em CLASSE II (Angle), o que determinará que todos os outros permanentes irão erupcionar com está anomalia de CLASSE II

Na ocorrência do degrau para mesial ser exageradamente grande, bem maior do que aquele desejado para entrar em Classe I, então os Primeiro Molares irão ocluir em Classe III (Angle), prenunciando macrodontia mandibular

Leeway


O leeway é um dos recursos que a natureza colocou para facilitar a oclusão normal dos Primeiros Molares permanentes. (Oclusão em Classe I de Angle). Ao contrário dos Incisivos Permanentes, que são maiores do que os Incisivos Decíduos, o diâmetro disto-mesial somados do grupo de Caninos e Molares Decíduos é maior do que os dentes que lhes irão substituir (Caninos e Prémolares). Este espaço que sobre é denominado de "leeway", é maior na arcada inferior (3.6 mm) do que na arcada superior. (1.8 mm.).

Alguns autores têm recomendado a utilização do espaço do leeway para favorecer a acomodação dos Incisivos Permanentes, quando lhes falta espaço, recomendam um arco lingual, que impede que os Primeiros Molares inferiores migrem para mesial na ocasião da mudança da dentição mista para permanente. Este é um recurso que por certo poderá ser utilizado, porém deverá se ter em conta que a natureza lhes colocou ai com a finalidade de prover espaço e bom engrenamento dos Molares, não para solucionar os problemas de espaço dos dentes anteriores. Assim, sendo deverá ser avaliadas as vantagens e desvantagem de utilizar este espaço para os anteriores.

Se as faces distais dos 2° Molares Decíduos não têm o degrau favorável, para o bom engrenamento cuspídeo dos Primeiros Molares, a utilização deste espaço na arcada inferior, poderá dificultar o bom engrenamento cuspídeos dos Primeiros Molares e até propiciar que os Molares entrem em Classe II (Angle). E então o pretendido benefício pode gerar uma malefício maior.

CRONOLOGIA DA ERUPÇÃO DENTÁRIA - PARTE III

DENTIÇÃO PERMANENTE


Erupção dos dentes permanentes



A substituição dos molares decíduos e caninos, da dentição mista, por dentes permanentes inicia aos 10 anos, quando caem (esfoliam) os Primeiros Molares decíduos e erupcionam os Primeiros Prémolares permanentes. A seguir os Segundos Molares Decíduos são substituídos pelos Segundos Prémolares permanentes e logo depois, em redor dos 11 anos, é a vez dos Caninos decíduos serem substituídos pelos Caninos permanentes.

Aos 12 anos, atrás dos Primeiros Molares permanentes nascem os Segundos Molares permanentes. E assim completa-se a dentição permanente, faltando apenas os terceiros molares (dentes do siso), assunto que será referido em separado.

DOR DE CABEÇA AGORA É PROBLEMA PARA DENTISTA !

Enxaqueca, dor de cabeça ao acordar, dor no pescoço, dor nos ombros, muita gente padece com esses problemas ao longo dos anos e não acha uma solução! Você sabia que essa solução pode ser encontrada dentro de um consultório odontológico? Dores como essas podem possuir sua causa no “stress” muscular ou mesmo emocional e por funcionamento inadequado do sistema mastigatório (uma para função). O problema possui crescimento do tipo “bola de neve”, ou seja, vai aumentando com o tempo podendo criar raízes emocionais que levem a uma depressão! O problema, muitas vezes, pode ser resolvido de forma simples, dependendo unicamente do correto diagnóstico.

O bruxismo (ranger de dentes) ou o imbricamento dentário (apertamento) levam a um “stress” da musculatura envolvida (são horas seguidas de funcionamento muscular anormal!) que pode resultar numa fadiga muscular ou mesmo num processo inflamatório. A fadiga provoca acúmulo de ácido lático e causa a conhecida dor de cansaço muscular: dor de queimação. Um dos principais músculos envolvidos é o masseter e a dor costuma se localizar na região das têmporas (entre o final das sobrancelhas e o ouvidos). Estou falando apenas das dores, nem comentei sobre o desgaste dentário decorrente da para função que é terrível! No caso de processo inflamatório as dores são piores e o inchaço, inerente à inflamação, pode pressionar um conhecido nervo que fica na região, o trigêmeo e causar a tão temida neuralgia (e não nevralgia!) do trigêmeo.

A dor é intensa e difusa! O diagnóstico correto é fundamental pois há casos de exodontia (extração) de todos os dentes devido às dores, sendo que o problema poderia ser resolvido de maneira muito mais simples. Placas de relaxamento muscular são capazes de solucionar os principais distúrbios causados pelas para funções do sistema mastigatório. O problema do ronco (ruído causado na respiração ao dormir) e o quadro de apnéia obstrutiva do sono (paralisações na respiração por obstrução da passagem de ar) também podem ser resolvidos no consultório dentário! Esses distúrbios do sono possuem conseqüências trágicas que vão desde a separação do casal ao risco de morte súbita! Quer dor de cabeça maior do que anos mal dormidos devido ao barulho do(a) companheiro(a) ou anos de sono (se é que pode ser assim chamado) que não descansam?

O problema é sério e não se esqueça: o ronco incomoda, a apnéia pode matar! Esses problemas, corretamente diagnosticados, também podem possuir simples soluções no consultório odontológico. Os dispositivos intra orais são pequenos aparelhos usados na hora de dormir que resolvem a maioria dos casos (cerca de 90%). Eles podem trazer de volta um prazer a muito tempo perdido, o de dormir bem!

A abordagem odontológica para esses problemas é razoavelmente recente e talvez por isso não seja tão conhecida. Em contato com profissionais familiarizados com esses problemas, é possível reconquistar prazeres fundamentais ao bem estar, muitas vezes a tempo perdidos!